Homens têm recorrido ao óleo de copaíba como uma espécie de creme peniano, buscando aliviar um problema incômodo: o excesso de esmegma. Mas o que exatamente está por trás dessa “terapia”, e quais são os possíveis benefícios e riscos associados a esse uso?
O esmegma, uma secreção natural do pênis humano, é uma substância branca e oleosa que pode se acumular na glande (cabeça) e requer higienização adequada. Embora não seja uma patologia, pode se tornar um problema quando ocorre em excesso. O esmegma é mais comum em homens com fimose, pois a higienização da glande torna-se mais desafiadora nesses casos.
Os homens entrevistados por S&DS relataram situações constrangedoras, mesmo seguindo uma higiene rigorosa, especialmente quando se preparam para sair à noite. A.F.S., de 31 anos, compartilhou um incidente em que conheceu uma mulher em uma casa noturna, e, ao se dirigirem ao apartamento dela, foi surpreendido por preliminares inesperadas. Envergonhado, ele tentou explicar a situação, mas o clima entre eles foi arruinado.
Essa preocupação não é única a A.F.S., e seus amigos também compartilham histórias semelhantes. Foi C.R.T., de 39 anos, que compartilhou o segredo para o grupo de amigos do futebol. Seu avô, que havia enfrentado o mesmo problema, havia receitado o uso do óleo de copaíba como solução.
De acordo com os entrevistados, bastam algumas gotas do óleo de copaíba aplicadas na glande uma vez por semana para manter uma sensação de limpeza e renovação que dura oito dias, evitando ressecamento e descamação. Eles alegam que o óleo de copaíba é eficaz devido às suas propriedades terapêuticas, que incluem ação anti-inflamatória, cicatrizante, anti-séptica, antibacteriana, germicida, antitumoral, entre outras.
Embora o uso do óleo de copaíba para tratar o esmegma não seja considerado perigoso para a saúde íntima masculina, o acúmulo excessivo de esmegma pode levar a infecções e inflamações. Sem uma higiene adequada, o ambiente torna-se propício para a proliferação de fungos, vírus e bactérias, podendo levar a doenças e infecções graves, incluindo o câncer no pênis em casos extremos.
A recomendação do urologista ouvido é que a higiene do pênis seja feita regularmente com água e sabonetes íntimos masculinos, o que deve ser suficiente para remover o excesso de esmegma. No entanto, em casos em que o esmegma é causado por fimose ou outras anormalidades, pode ser necessário um tratamento específico, possivelmente com antibióticos, que deve ser prescrito por um profissional de saúde.
É fundamental que qualquer complicação ou acúmulo de esmegma seja avaliado por um médico especialista, para garantir que o problema seja tratado de forma adequada e evitar possíveis complicações mais graves. Embora o óleo de copaíba possa ser uma alternativa para alguns, a consulta médica ainda é a melhor maneira de lidar com questões de saúde íntima.