Um recente relatório quadrimestral de acompanhamento de execução contratual do contrato de gestão nº 045549/2021 entre a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) para administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brazlândia levanta sérias preocupações quanto à falta de transparência nos dados e na avaliação de desempenho. Embora a análise do terceiro quadrimestre de 2022 traga indicadores aparentemente positivos, a falta de clareza nos números e a ausência de informações cruciais para a análise levantam questionamentos sobre a qualidade da gestão da unidade de saúde.
A análise de desempenho assistencial começa com dados que, em primeira análise, parecem positivos, excedendo metas de produção em diversos indicadores. Entretanto, a falta de informações detalhadas sobre como esses números foram alcançados levanta suspeitas. Os relatórios parecem não fornecer dados suficientes sobre a composição da equipe de profissionais, horários de funcionamento da unidade e outras variáveis cruciais para avaliar a qualidade e a eficiência dos serviços prestados.
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A falta de transparência é evidente na análise de indicadores qualitativos. Os números são apresentados sem a devida contextualização ou comprovantes para respaldar as informações fornecidas pelo contratado. A resolubilidade da ouvidoria é apresentada como zero em todos os meses, o que contradiz a avaliação positiva apresentada para a ouvidoria nos pontos subsequentes. Isso levanta dúvidas sobre a consistência e precisão dos dados fornecidos.
Além disso, o relatório menciona a não constituição de todas as comissões obrigatórias e a falta de informações necessárias para monitorar o funcionamento daquelas já instituídas. Isso indica falhas na gestão interna da unidade e aponta para uma falta de responsabilidade na prestação de informações detalhadas às autoridades de saúde.
A análise orçamentária e financeira também levanta questões sobre a alocação e utilização dos recursos destinados à unidade de saúde. Embora o relatório forneça informações sobre repasses e gastos, a falta de detalhes e justificações para as despesas deixa em aberto a possibilidade de má alocação de recursos.
Em suma, o relatório quadrimestral de acompanhamento de execução contratual do contrato de gestão da UPA de Brazlândia do IGESDF apresenta uma série de lacunas e falta de transparência nos dados e nas análises. A ausência de informações detalhadas sobre a composição da equipe, horários de funcionamento e outros aspectos cruciais da operação da unidade, juntamente com a falta de respaldo para os indicadores qualitativos e a não divulgação de informações sobre o uso eficiente dos recursos financeiros, levanta sérias preocupações sobre a qualidade da gestão da unidade de saúde. Isso ressalta a necessidade urgente de maior transparência e prestação de contas por parte das autoridades responsáveis pela gestão da saúde pública na região.