Lula mira Fundo Constitucional do DF após acusar Ibaneis de 'cumplicidade' sem provas nos ataques de 8 de janeiro
Lula busca impedir candidaturas de militares em 2024 - com apoio do chamado Centrão.
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Antonio Brito (PSD-BA), Reginaldo Lopes (PT-MG), Túlio Gadêlha (Rede-PE), Fábio Macedo (Podemos-MA), Jandira Feghali (PC do B-RJ), Alexandre Padilha, Lula (PT), Arthur Lira (PP-AL), Tabata Amaral (PSB-SP), Zeca Dirceu (PT-PR), José Guimarães (PT-CE), Rui Costa, Aliel Machado (PV-PR), Luis Tibé (Avante-MG), André Fufuca (PP-MA), Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Hugo Motta (Republicanos-PB).

Nos últimos dias, a relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chamado Centrão tem se fortalecido. Em um verdadeiro sinergismo político, as negociações têm progredido, com oferta de cargos no primeiro escalão. Especula-se que os partidos Republicanos e PP, já estão praticamente garantidos na base governista. Segundo articuladores do Palácio do Planalto, há confiança de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) proposta pelo governo será aprovada tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

O governo do presidente Lula está trabalhando em uma estratégia para elaborar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíba militares de concorrerem em eleições ou assumirem ministérios. A ideia é que os militares tenham que deixar as Forças Armadas ou se aposentarem caso queiram se candidatar. Essa PEC é vista como uma medida para “desbolsonarizar” as instituições militares do Brasil.

Ao mesmo tempo, Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, está estudando o envio de um projeto ao Congresso Nacional que proíba a filiação partidária de presos federais. Mais avanços nesse sentido foram discutidos em uma reunião realizada na última quinta-feira (6) entre o presidente Lula, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro da Defesa, José Múcio.

O Ministério da Defesa já redigiu um texto que foi encaminhado à Casa Civil e deverá ser analisado pela Câmara e pelo Senado ainda no segundo semestre. A reunião, que ocorreu no Palácio do Planalto, teve como objetivo discutir a atmosfera política entre os militares e uma ala do Congresso para iniciar o processo de tramitação da PEC. As informações são da repórter Jeniffer Gularte, do jornal O Globo.

De acordo com informações da Polícia Federal, no ano passado houve 24 candidaturas de membros da corporação. Em 2018, esse número foi ainda maior, com 31 candidaturas. Quanto à iniciativa para acabar com a politização nas Forças Armadas, o ministro Múcio deseja que a lei entre em vigor nas eleições de 2024. Por se tratar de uma PEC, o texto exigirá o apoio de pelo menos 60% dos deputados, o equivalente a 308 votos, e de 49 senadores para ser aprovado.