Cadê os R$ 41,6 milhões nas contas do IGESDF: TCDF investiga uso de recursos públicos na saúde
IGESDF
Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) falhou em cumprir sua função social - deputada defende retomada dos serviços.
Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF)

O Instituto Hospital de Base (IHBDF) foi comparado ao modelo de gestão do Hospital Sarah Kubitschek, uma Organização Social, pelo ex-secretário de Saúde do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Humberto Fonseca. Em 14 de março de 2017, Rollemberg apresentou um projeto à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), transformando o Hospital de Base em um instituto.

Com essa mudança, o IGES-DF assumiu a administração do Hospital de Base, do Hospital Regional de Santa Maria e de todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Distrito Federal.

No entanto, mesmo após anos de sua criação, a população não consegue ver no IGES-DF o mesmo modelo de sucesso do Sarah. Pelo contrário, o instituto acumula uma série de problemas, conforme destacado pela deputada distrital e enfermeira Dayse Amarilio (PSB-DF).

“Entendo que o IGES não conseguiu dar a resposta social para aquilo que ele foi realmente contratado. Pela primeira vez na história da criação, desde o instituto, que era hospital de Base, até o IGES-DF, ele presta contas à CLDF, trazendo até algumas situações muito preocupantes, como subdimensionamento das metas – as metas não alcançadas mesmo sendo subdimensionadas. Mas, em contrapartida, eu entendo que hoje, estando com hospitais tão importantes e tendo algumas especificidades, como a característica de ser um hospital terciário (Hospital de Base), não podemos afirmar que conseguimos fazer a retomada desses serviços pela SES-DF sem que haja um planejamento e um compromisso real de políticas públicas. Isso precisa ser feito de maneira muito planejada, para evitar a descontinuidade dos serviços.

Estou fiscalizando o IGES, e não devemos colocar nenhuma contrapartida orçamentária, já que ele consome grande parte do orçamento da SES-DF, nas mãos do instituto sem que ele cumpra as metas estabelecidas. Inclusive, é necessário haver uma repactuação dessas metas, que atualmente estão muito subdimensionadas, com muitos problemas orçamentários, como contas que não foram pagas pelo próprio instituto. Nosso dever é acompanhar, fiscalizar e, sim, acho que deveríamos fazer a retomada, mas de forma cuidadosa, aproveitando os servidores que realmente têm compromisso e relevância na implementação de algumas áreas que são fundamentais tanto em Santa Maria quanto no Hospital de Base”, finalizou Amarílio.