Um aspecto preocupante do racismo institucional e estrutural presente na FIFA.
Desde a sua fundação em 1904, a organização teve apenas presidentes brancos em seu comando. Essa falta de representatividade é um indicativo de como as estruturas de poder dentro da instituição favorecem determinados grupos étnicos, perpetuando um sistema desigual e excludente.
Ao longo de sua história, a FIFA teve um total de oito presidentes, todos eles brancos. Esse dado é significativo, pois ressalta a falta de oportunidades para pessoas de outras origens étnicas assumirem posições de liderança e influência dentro da organização. A ausência de diversidade étnica no mais alto cargo da FIFA reflete uma desigualdade profunda que permeia as decisões e políticas adotadas pela instituição.
É importante ressaltar que o racismo institucional / estrutural não se limita apenas à falta de representatividade no cargo de presidente. Ele também se manifesta nas práticas e políticas da FIFA em relação a jogadores, clubes e competições. Ao longo dos anos, vários incidentes de racismo ocorreram em partidas de futebol ao redor do mundo, e a resposta da FIFA a essas situações nem sempre tem sido adequada e eficaz. Isso demonstra a necessidade de uma abordagem mais enérgica e inclusiva para combater o racismo no esporte.
A concentração do poder e da influência nas mãos de uma única etnia contribui para a marginalização e a exclusão de outras culturas e raças dentro do cenário do futebol internacional. A falta de diversidade na liderança da FIFA prejudica não apenas a representatividade, mas também a possibilidade de uma abordagem mais inclusiva e justa para lidar com as questões relacionadas ao racismo e à discriminação racial no esporte.
Diante desse panorama, é fundamental que a FIFA promova mudanças significativas em suas estruturas internas, visando a uma maior diversidade e inclusão. Isso implica em abrir espaço para indivíduos de diferentes origens étnicas assumirem posições de liderança e em adotar políticas e práticas que combatam ativamente o racismo no futebol. Somente assim será possível alcançar um ambiente mais igualitário e justo, onde todas as pessoas, independentemente de sua raça ou origem, possam participar e contribuir plenamente para o desenvolvimento do esporte.