De acordo com fontes próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder petista não está de bem com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após a invasão da Sede dos Três Poderes da República, no dia 8 de janeiro. Segundo relatos, Lula teria ficado profundamente decepcionado com a conduta da corporação, que foi apontada “como leniente e conivente com os atos de vandalismo e violência perpetrados pelos manifestantes”.
Ainda de acordo com as fontes ao portal S&DS, o presidente tem se reunido com seu núcleo duro para discutir possíveis medidas a serem tomadas em “razão da politização da PMDF”. Lula teria enfatizado a importância da segurança pública para a manutenção da ordem democrática, e teria manifestado sua preocupação com o impacto negativo que a invasão da Sede dos Três Poderes ainda teria na imagem do país.
As tensões entre o presidente e a Polícia Militar do Distrito Federal, pode se refletir no reajuste salarial de (18%) que as forças de segurança estão almejando, mas a depender do tamanho crise ficará apenas em (9%), alteração que o relator do orçamento no Congresso Nacional, senador Marcelo Castro (MDB-PI), fez no percentual do reajuste das forças.
Se o presidente não fizer as devidas correções para o reajuste anterior de (18%), a Polícia Militar do Distrito Federal, que foi chamada publicamente de “ineficiente” pelo ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, caiu em desgraça junto ao governo federal.
Na sessão ordinária de ontem terça-feira (25) na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o deputado Hermeto (MDB) pediu ao governo federal que edite uma medida provisória para a liberação de recursos para atender a demanda de policiais militares, policiais civis e bombeiros do DF, buscando a conciliação sobre o episódio.
“Há recursos no orçamento federal e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que quando a medida provisória chegar, ele vai encaminhar imediatamente. Tomara que não haja mágoa em relação ao dia 8 de janeiro. O presidente Lula é um estadista e não vai barrar o reajuste por causa disso”, reforçou Hermeto.
Já o presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB), fez duras críticas ao relator do orçamento no Congresso Nacional, senador Marcelo Castro (MDB-PI), pela alteração no percentual do reajuste das forças. “O reajuste, que era de 18%, transformou-se em 9%. Já aviso que vai ter crise. As forças de segurança vão reagir. Que o senador Marcelo Castro fique sabendo disso”, alertou.