O deputado federal Alberto Fraga do (PL-DF), manifestou sua indignação contra o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB), pelo ministro Alexandre de Moraes do STF.
Enquanto o presidente do mesmo partido do governador, Rafael Prudente (MDB), ainda não saiu até agora, na defesa de quem o ajudou a eleger-se deputado federal.
Durante a sessão plenária da Câmara Federal, na tarde desta terça-feira (28), Fraga, adversário político de Ibaneis, lembrou que já se passaram quase dois meses do afastamento do chefe do executivo de Brasília.
“O governador foi reeleito democraticamente em primeiro turno”, disse o deputado da oposição.
Fraga ressaltou que a medida de manter Ibaneis afastado “é uma decisão ditatorial do ministro Alexandre de Morais, que não dá para aceitar”.
“O Distrito Federal está sofrendo, precisa do seu governador”, enfatizou o deputado, que também elogiou o trabalho que vem sendo realizado pela governadora em exercício, Celina Leão (PP).
“É bem verdade que a vice-governadora está fazendo um belo trabalho, mas nós temos que entender que quem foi eleito democraticamente foi Ibaneis Rocha. Quero ver até quando vai durar essa arbitrariedade”, completou Fraga.
Incomodado com a usurpação do poder que emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, Fraga reiterou sua manifestação sobre o assunto.
Antes mesmo de sua posse como deputado eleito, Fraga disse que “o afastamento do governador extrapola os limites da democracia”.
Disse ainda que Ibaneis foi afastado sem nenhuma investigação prévia ou chance de defesa.
“O governador do DF foi eleito democraticamente e precisa ter os seus direitos respeitados”.
A mudez de Prudente
As firmes posições de Alberto Fraga contra a medida do STF e a defesa que ele faz pelo retorno de Ibaneis ao cargo, serviram de contraponto ao silêncio sepulcral do deputado federal e presidente regional do MDB, Rafael Prudente.
Ao contrário de Fraga, que sempre fez oposição dura contra o governo de Ibaneis Rocha, Prudente se diz da base aliada, foi ajudado pelo governador durante o pleito eleitoral do ano passado e conta ainda com uma infinidade de cargos no governo do MDB.
No entanto, o deputado segue ignorando uma agressão política contra o DF e contra a vontade de quase 1 milhão de pessoas que reelegeram o governador em primeiro turno na última eleição.