Tentando fugir da onda que atingiu grandes empresas mundiais, onde 120 mil trabalhadores em todo o país perderam seus empregos, a Havan S.A estuda estratégias para a não demissão de seus quadros de funcionários.
Neste momento em que a economia enfrenta dificuldades, muitas empresas têm reduzido seus orçamentos como forma de se manterem saudáveis e competitivas para enfrentar a atual pandemia de demissões.
Em vários setores, incluindo o da tecnologia financeira, o aumento das taxas de juros para conter a alta global da inflação tem atingido e impactado centenas de empresas.
O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, tem falado reservadamente com seus conselheiros que o ambiente macroeconômico incomum e de tamanha incerteza, pode forçar a empresa a priorizar certos setores que mais importam para a mesma reduzindo ou mesmo acabando com alguns postos.
O Grupo Guararapes, comanditários das Lojas Riachuelo, anunciou que fechou sua divisão em Fortaleza, (Ceará). A empresa também demitiu milhares de trabalhadores, cerca de quase 10% do trabalho dos Guararapes, para concentrar sua produção em Natal (Rio Grande do Norte).
Os trabalhadores das Lojas Americanas estão em pleno processo de demissão em massa após a empresa declarar na Justiça a existência de dívidas de dois dígitos de bilhões de reais.
Os administradores judiciais da recuperação judicial das Lojas Americanas informaram à Justiça que a dívida da empresa é de R$ 47,9 bilhões. O número bem superior aos R$ 41,2 bilhões divulgados pela empresa quando entrou com o pedido de reestruturação e apresentou sua lista de 7,9 mil credores. A informação é do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.
Caso a Havan realmente siga a situação relatada por um de seus conselheiros ao portal, o Brasil estará caminhando para eliminação de sua credibilidade no ambiente financeiro, deixando os investidores mais com o pé fora, do que dentro do país.