A ação começa hoje e acontece durante 120 dias para retirada de útero, vesícula e hérnias. Investimento do GDF é de R$ 19,7 milhões
Começa nesta quinta-feira o mutirão de 3.233 cirurgias eletivas, que serão realizadas por hospitais privados contratados pela Secretaria de Saúde do DF. Os primeiros a atuarem serão os hospitais São Mateus, Anchieta, Daher e São Francisco. Os hospitais Brasília Águas Claras, Home e Hospital das Clínicas também enviaram propostas, passaram na avaliação técnica e assinam contrato com o GDF nos próximos dias.
O foco da ação inédita são os procedimentos de hérnia, vesícula e de retirada de útero, que inclui inclusive o pré e pós-operatório. Trata-se de uma medida inovadora, que contou com o envolvimento e apoio do controle social e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Os contratos serão executados de forma emergencial por 120 dias. A medida permitirá à Secretaria de Saúde quase duplicar o número de cirurgias eletivas no período. Só para se ter uma ideia: entre abril e julho, foram realizados na rede cerca de 3,8 mil procedimentos. Agora, o reforço vai ajudar a reduzir a fila formada durante a pandemia de covid-19, quando cirurgias eletivas foram suspensas.
De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o objetivo é assistirmos com excelência toda a população do Distrito Federal inovando, avançando e realizando em tempo oportuno todos esses procedimentos que principalmente por conta da Pandemia ficaram represados .”Há casos, por exemplo, de homens que trabalhavam com esforço físico e estão parados por causa de hérnias, além de mulheres que precisam receber transfusões de sangue por conta de hemorragias no útero”, completa.
Mais de mil pacientes já fizeram os exames pré-operatórios nos hospitais regionais da Secretaria de Saúde. Agora, o Complexo Regulador do Distrito Federal está identificando a lista de prioridades para cada procedimento: são 1.600 cirurgias de colecistectomia (retirada da vesícula biliar), 960 procedimentos de herniorrafia e hernioplastia (hérnia) e 673 histerectomias (remoção do útero).
Parceria
Os sete hospitais credenciados atenderam a um edital público e cumpriram os requisitos técnicos estabelecidos pela Secretaria de Saúde. O investimento total será de R$19,7 milhões, a serem pagos de acordo com o número de procedimentos realizados em cada instituição.
Na segunda-feira passada (21), funcionários dos hospitais privados participaram de um treinamento na Secretaria de Saúde para a utilização dos sistemas de gestão que permitem obter e atualizar informações de pacientes, de acordo com os procedimentos realizados. O objetivo é ofertar aos profissionais da rede particular o acesso aos dados completos de prontuário e para que haja um controle de cada atendimento realizado.
Em paralelo, a Secretaria de Saúde trabalha com os planos operativos nos hospitais regionais da rede para ampliar a oferta de cirurgias nas unidades. Algumas unidades estão organizando a execução de forças-tarefas no período noturno e aos fins de semana. O objetivo é priorizar o atendimento dos procedimentos voltados à oncologia e aqueles já judicializados.