O portal S&DS teve uma conversa franca com o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), onde ele revelou detalhes surpreendentes sobre um possível esquema milionário de aluguéis e empresas terceirizadas que têm dificultado a ocupação do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad).
Filippelli, o que está por trás da dificuldade de ocupação do Centrad?
Filippelli começou explicando que, em sua visão, ”interesses de terceiros têm inviabilizado o empreendimento. Ele ressaltou que o Centrad é uma Parceria Público-Privada (PPP), onde o governo não desembolsou nenhum centavo para sua construção. No entanto, a gestão subsequente, liderada por Rodrigo Rollemberg (PSB), não ocupou o Centrad, deixando-o ocioso”. Para Filippelli, isso desrespeita cidades como Samambaia, Taguatinga e Ceilândia, que seriam beneficiadas com o funcionamento do empreendimento.
Ele destacou que o Centrad eliminaria a necessidade de alugar prédios para o governo, resultando em economia significativa. No entanto, ”interesses ligados a terceirizações de serviços e locações de imóveis têm impedido o avanço do projeto”.
Você teria coragem de propor a CPI do Centrad na Câmara Legislativa?
Filippelli afirmou que, com toda tranquilidade, ele proporia a CPI do CENTRAD na Câmara Legislativa, porém as forças contrárias estão dentro da própria CLDF.
Entenda o Centrad: O Grande Elefante Branco
O Centrad foi idealizado em 2009 durante a gestão do ex-governador José Roberto Arruda, com o objetivo de descentralizar as decisões do Executivo local e aliviar o trânsito no Plano Piloto. Inaugurado em 2014 pelo governo Agnelo Queiroz, o empreendimento foi entregue sem estar em condições de receber o funcionalismo público. Tanto Queiroz quanto o ex-administrador de Taguatinga, Anaximenes Vale dos Santos, foram condenados por improbidade administrativa relacionada à inauguração do Centrad pela justiça.