O deputado federal Hugo Motta (João Pessoa – PB), da bancada do Republicanos, engrossou o coro junto a outros líderes partidários na Casa, cobrando publicamente a demissão da ministra Flávia Arruda da Secretaria de Governo.
Os parlamentares fazem pressão no padrinho político da ministra, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para sua demissão da Secretaria de Governo, que tem status de ministério que é responsável pela articulação política do governo junto aos parlamentares.
“O presidente lira que colocou essa tartaruga no Palácio do Planalto que resolva rapidamente, antes que fique insuportável a relação da Casa com o governo,” afirmou um dos líderes ouvido.
A pressão tem adjetivos de “incompetência” com falta de “experiência” para o cargo de uma deputada de primeiro mandato, com tamanha responsabilidade de articulação, que a mesma não tem, colocada por um governador (Arruda) que teve o seu mandato cassado, alegou.
Hugo Motta exerce mandato de parlamentar desde 2011, tendo apresentado 505 propostas legislativas de sua autoria.
O presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), em entrevista coletiva hoje (5/1), no hospital Vila Nova Star, saiu em defesa da ministra assumindo o ônus e bônus da indicação.
“A indicação da ministra Flávia Arruda foi minha. Por que eu indique? Não é por ser mulher, por nada! Pela competência dela, foi relatora do orçamento. Pra mim, ninguém ligou pra mim! Ninguém pede a cabeça de ministro como acontecia no passado. Você sabe como o Lula está conseguindo apoios por aí, com lideranças políticas? Negociando! Eu, não vou falar aqui para polemizar. Pra uma dessas pessoas ofereceu a Caixa Econômica e um ministério. Assim ele está fazendo. Então ele consegue adesão de alguns partidos em troca de ministérios, de bancos oficiais e de estatais. Agora, onde a Flávia Arruda está errada? Desconheço onde ela esteja errando. Se, por ventura estiver errando como aconteceu, acontece; eu chamo e converso com ela. Ela não será demitida, jamais pela imprensa”, finalizou Bolsonaro.
O portal entrou em contato com a assessoria da ministra que não quis se pronunciar sobre o assunto.