Entre 2006, 2010, 2014 até 2018 o Distrito Federal viveu um dos seus momentos mais delicados de todos os tempos políticos e administrativos.

O ex-governador Arruda deixa
a prisão ao lado de sua esposa Flávia Arruda (Foto: José Cruz/ABr)

Em 2010, o ex-governador José Roberto Arruda conhecido pela operação denominada Caixa de Pandora foi afastado e preso tendo seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). Seu vice Paulo Octávio renunciou em carta enviada à Câmara Legislativa.

O petista Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte, assumiu o Distrito Federal em 2010, após uma onda de escândalos que atingiu o governo do Distrito Federal e a Câmara Legislativa.

Agnelo foi citado como beneficiário de um esquema de desvio de dinheiro no ministério. Queiroz havia comandando a pasta entre 2003 e 2006, sendo sucedido por Orlando Silva.

Durante as investigações, uma testemunha afirmou ter presenciado a entrega a Agnelo, por um integrante do suposto esquema, a quantia de R$ 256 mil em dinheiro. Na época, Agnelo já havia deixado o Ministério do Esporte.

Agnelo e Filippelli. Crédito: ComCopa/Divulgação. Brasil. Brasília – DF.

Preso acusado de participar do desvio de R$ 900 milhões da construção do estádio Mané Garrincha para a Copa, o petista foi condenado cinco vezes por improbidade.

Os ex-governadores José Roberto Arruda (DEM), Agnelo Queiroz (PT) e seu ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), assessor especial do presidente Michel Temer à época, foram presos acusados de participarem de desvios de R$ 900 milhões na reconstrução do Estádio Nacional Mané Garrincha, o mais caro da Copa de 2014.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou em definitivo Agnelo e o ex-administrador regional de Taguatinga, Anaximenes Vale dos Santos, por improbidade administrativa na inauguração do Novo Centro Administrativo do DF – Centrad, sentença confirmada também pelo Superior Tribunal de Justiça definitivamente, ou seja, não podendo mais ser objeto de recurso. A decisão foi do juiz titular da 7ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal.

O ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e a ex-secretária de Esportes, Turismo e Lazer, Leila Barros, anunciam o percurso da tocha olímpica em Brasília
Reguffe e Rollemberg

Já em 2014, na gestão do socialista Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o Distrito Federal simplesmente parou. Rollemberg descumpriu as leis que concederam aumento a 32 categorias profissionais colocando a população contra os servidores públicos – tidos em sua gestão como marajás.

O atual discurso: “não tem dinheiro para pagar servidores nem para obras”, se contradiz com a fala do pessebista que em campanha diversas vezes afirmou: “o que falta para o DF é gestão, dinheiro tem”. Total falta de habilidade para governar.

Auditoria mostrou falta de gestão e abandono da saúde pública no Distrito Federal, com falta de médico, enfermeiro, técnicos, remédio, equipamento e condição de trabalho.

Vários hospitais e UPAs tiveram suas portas de emergência fechadas, atendendo apenas a classificação vermelha em pouquíssimas localidades. Uma verdadeira peregrinação em busca do direito constitucional: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

O presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, chegou a denunciar o aumento de mortes evitáveis na gestão Rollemberg.

O atual governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), tem transformado esse apagão pelo qual passou o DF, nos últimos 12 anos – na saúde, segurança, educação, falta de investimento em infraestrutura, social (…) tendo-o transformado em reais ganhos para a população com investimentos pesados em todas as áreas do governo. O DF virou um canteiro de obras de norte a sul, a saúde entrou nos trilhos, a economia e geração de empregos avançam mesmo em estado de pandemia, escolas foram reformadas e professores contratados, números de creches ampliados (…).

A atual oposição, que sempre estiveram juntos, e, ainda permanecem; não enfrentará o nome Ibaneis em 2022, mas sim, suas obras executadas, às quais se podem constatar no DF.

O próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a afirmar a pessoas próximas que, se o seu domicílio eleitoral fosse Brasília, votaria em Ibaneis.

“Dispenso comentários. Nós aqui somos um só governo. União e Distrito Federal é um casamento perfeito”, afirmou o presidente durante posse de Ciro Nogueira na Casa Civil, clara declaração de apoio ao chefe do executivo no DF.