Estudo divulgado em 26 de agosto por cientistas de Israel apontou que a vacina da Pfizer – única usada no país – aumentava os riscos de desenvolver a miocardite.
Entre as 884.828 pessoas que foram vacinadas, 21 casos desenvolveram a doença – um total 91,1% dos quais ocorreram em homens, não sendo possível afirmar que não ocorra no sexo feminino. Os cientistas notaram que o problema aumentou após a segunda dose do imunizante.
Não foi separada a quantidade de casos em adolescentes dos que ocorreram em adultos. “Nossos resultados indicam que a infecção por Sars-CoV-2 é em si um fator de risco muito forte para miocardite e também aumenta substancialmente o risco de vários outros eventos adversos graves”.
O editorial escrito sobre o estudo israelense – intitulado: “A importância do contexto na segurança das vacinas da Covid-19”, a pesquisadora Grace M. Lee, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, ponderou que “as vacinas de RNA mensageiro (mRNA) podem estar associadas à miocardite, mas também podem prevenir casos de miocardite, lesão renal aguda, arritmia e doença tromboembólica [causadas pela própria Covid]”.
Nota-se a falta de segurança e dados fidedignos na aplicação de vacinas em adolescentes de 12 a 17 anos.
Outras informações sobre miocardite após a imunização foram analisados por pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos EUA em um editorial publicado no fim de junho no [Jama Cardiology].
Relatos de casos analisados pelos cientistas apontava para 7 casos da doença em adolescentes após a vacinação. Todos também eram do sexo masculino, com idades entre 14 e 19 anos, que apresentaram os sintomas 4 dias depois de receberem a vacina.
O Ministério da Saúde do Brasil determinou, em nota técnica publicada nesta quarta-feira (15), que a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos contra a Covid-19 (Sars-CoV-2) só deverá ser aplicada naqueles que tiverem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.
Como ficam os adolescentes que já iniciaram a imunização?
Por se tratar de um assunto extremamente sensível são necessárias respostas. O Ministério da Saúde ainda não respondeu nossas indagações.