Por: Verdade seja dita
Durante séculos as mulheres foram oprimidas dentro do lar e considerada meramente uma reprodutora e objeto sexual dos homens. Com o passar dos anos, foram autorizadas pelo genitor ou marido a trabalharem em minas e fábricas – Revolução Industrial (século 18) -, sem direitos a quaisquer tipo de proteção. Em 1857, centenas de operárias morreram queimadas por policiais em uma fábrica têxtil de Nova York (EUA) enquanto reivindicavam a redução da jornada de trabalho e o direito à licença maternidade. Em homenagem a essas mulheres mortas, em 1911, foi instituído o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
Apesar dos avanços como: direito de votar, direito ao anticoncepcional, direito à creche e direito à vida (Lei Maria da Penha), ainda hoje os homens continuam a sobrepor e subjugar as mulheres na atual sociedade.
Ouvi de um grupo de mulheres na padaria Hollywood Pães & Conveniência na cidade do Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal, a seguinte frase: ‘Eu, quero é um homem para me bancar’.
Logo pensei, essas mulheres bem vestidas e com alianças em seus dedos teriam o mínimo de dignidade e respeito para com seus maridos e noivos repetindo a frase na presença dos mesmos? Não!
A frase que na atualidade, não tem nada de novo na voz de muitas mulheres que acreditam que seu órgão genital e corpo são a chave para uma vida financiada por homens encontra eco em mulheres, outrora tidas como ‘descentes’.
As mulheres em questão, continuam com pensamentos no passado, desconhecem a história de suas avós, mães, tias e de outras mulheres que lutaram e continuam para se libertarem dos grilhões do poder machista.
Vergonhosamente, se associam a acompanhantes, com uma simbólica diferença – usam alianças nas mãos para legalizarem a futura partilha.
Sem rodeio e diretamente falando: se você não fosse um empresário bem sucedido; um servidor público estabilizado; um médico; um diretor… a pessoa que vive com você ou pretende viver estaria ao seu lado?