As mulheres são mais ativas do que os homens nas redes sociais e tendem a interagir mais com os conteúdos publicados nas diversas plataformas.
Existe uma diferença comportamental das mulheres das três últimas gerações [X, Y e Z] com as redes.
Geração [X] são as nascidas depois de 1960, até o comecinho dos anos 1980: buscam estabilidade por si mesmas, são mais responsáveis, comprometidas não se importando com a rotina e as dificuldades sempre otimistas.
Geração [Y] nascidas entre os anos 1980 e o fim dos anos 1990: são precoces buscando reconhecimento repentino, gostam de inovar, não se contentam com o salário pois sempre têm com o que gastar.
Geração [Z] – são as nativas digitais -, nascidas no fim dos anos 90 até 2010: gostam de se sentirem como modelos, atrizes e cantoras glamorosas nas redes, adoram postar fotos e vídeos gastando muito de seu tempo nas plataformas digitais.
Em comum, a grande maioria das gerações citadas, principalmente as duas últimas, se alinharem em um quesito robótico da busca por LIKES.
Pense, por que você daria um LIKE em sã consciência, para alguém balançando a cabeça de um lado para o outro com o celular na mão?
Rodrigo Faria, 39 anos, policial civil, se fez a mesma pergunta quando saiu para trabalhar às 08h30, em uma segunda-feira, quando sua esposa Maria Eduarda, 35 anos, às 11h, lhe mandou uma mensagem para CURTIR sua foto no Instagram.
“Pensei comigo mesmo, o que estaria acontecendo com minha esposa toda maquiada e escovada em casa, àquela hora de preparação das crianças irem para a escola, querendo uma *Prr* de LIKE!”.
Rodrigo que então, só possuía perfil no LinkedIn, passou a monitorar a atividade da esposa criando um perfil falso no Instagram, uma semana depois do fato.
Segundo ele, em menos de 45 minutos, sua esposa aceitou o pedido de amizade feito pelo perfil fake de um falso sujeito bronzeado de praia musculoso.
“Das 4 a 5 fotos, incluindo vídeos, que ela postava toda arrumada eu dava LIKES em todas. Ficava pensando qual o horário que ela estudava para o concurso da polícia civil.”
Rodrigo, por sugestão de pessoas da família, resolveu ir mais longe com ela e trocar mensagens. “No começo, ela não esboçava reações as minhas investidas. Revolvi, mudar os planos e falar dos assuntos que eu sabia que ela mais gostava. Foi aí que começou a acontecer as trocas de mensagens diárias entre o perfil fake com ela.”
No decorrer da situação, ele afirma que aos vasculhar as redes de sua esposa, descobriu que dois ex-namorados faziam parte da rede dela, o que o deixou revoltado, mas em silêncio total sobre a situação em seu lar.
Rodrigo resolveu então testar a fidelidade da esposa flertando e elogiando suas fotos e vídeos dizendo: “Nossa, você é uma princesa que todos os homens fariam qualquer coisa para tê-la.”
Foram dois meses assim, até segundo ele, Maria Eduarda topar um encontro com o desconhecido para um café à tarde.
Na noite anterior ao encontro, Eduarda pediu para Rodrigo pegar as duas crianças na escola pois precisaria encontrar com sua mãe. Ele respondeu que tudo bem.
No dia seguinte, às 16h, Eduarda já estava toda arrumada no Fran’s Cafe, de Águas Claras, à espera do desconhecido, quando então Rodrigo chegou e sentou-se à mesa.
“As gerações de mulheres [Y e Z], com suas exceções, vivem em um mundo de fantasias do culto ao corpo, não leem, estudam… falam constantemente em cirurgias plásticas e morrem em mesas cirúrgicas na busca da perfeição exterior. No meu caso, percebi da forma mais constrangedora, sem vergonha de falar e me expor, que era eu mais um otário para sustentar essas futilidades, finaliza Rodrigo.”
Rodrigo e Eduarda se separaram em 2016, mantendo a guarda compartilhada das duas filhas e um cachorro. Ele permanece divorciado e ela casou novamente tendo mais um filho.