Hospitais do Iges fizeram mais de 30,7 mil cirurgias em dois anos
Foram 14,2 mil operações em 2019 e 16,5 mil no ano passado, em plena pandemia.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) atingiu a marca de mais de 30,7 mil cirurgias realizadas entre 2019 e 2020 no Hospital de Base (HB) e no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
Os dados são da Gerência de Gestão de Resultados do instituto, que celebra seu segundo aniversário na sexta-feira (19).
Em um recorte por unidade, o HB foi responsável pelo maior número de procedimentos. Foram 22.448 ao longo dos dois anos. Já o HRSM registrou 8.301 procedimentos no mesmo período.
“Apesar da pandemia, que afetou a realização de diversos procedimentos, o número de cirurgias cresceu”, atesta Jair Tabchoury Filho, diretor de Atenção à Saúde do instituto. “Enquanto em 2019 foram realizadas 14.253 operações nos dois hospitais, em 2020 foram 16.496, uma diferença de 2.243 pacientes atendidos a mais graças ao esforço do Iges, em parceria com a Secretaria de Saúde.”
Melhorias e forças-tarefas
Em 2019, importantes investimentos foram feitos na área cirúrgica para ampliar e melhorar o atendimento. No Hospital de Base, por exemplo, foi retomada a realização de cirurgia cardíaca de peito aberto, procedimento que estava interrompido havia anos. Esse tipo de cirurgia, de alta complexidade e de grande porte, só voltou a ocorrer após ampliação da equipe de profissionais, aquisição de equipamentos modernos e normalização do abastecimento de insumos.
Já na área de ortopedia, o médico ortopedista Davi Haje lançou um tratamento inédito no mundo para adultos com pé torto congênito. A má-formação, que faz com que as pessoas caminhem com os pés virados e só era tratada com cirurgia, passou a contar com tratamento que usa apenas gesso para remodelar os pés.
A partir de 2020, ano em que teve início a pandemia do coronavírus, diversas forças-tarefas de cirurgias beneficiaram mais de 600 pacientes, entre eles, 220 de hemodinâmica, 109 de ortopedia, 62 de urologia, 42 de cateterismo, 34 de cardiologia e 165 de oncologia — 100 de câncer de próstata, 30 de câncer de mama e 35 de ginecologia oncológica.
Ao longo dos dois anos, no Hospital de Santa Maria, os procedimentos foram principalmente nas especialidades ginecológica, ortopédica e de cirurgia geral. “Conseguimos alcançar esse volume, apesar de o HRSM ter destinado grande parte dos leitos e serviços para atendimento da covid-19 durante a pandemia”, salienta o superintendente da unidade, Willy Pereira da Silva Filho.
Texto: Ailane Silva