A Polícia Civil, em ação conjunta da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) e da 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru (PCSP), prendeu um casal acusado de matar e carbonizar parte do corpo de Gilmaria Moreira Santana, de 48 anos, ex-amante de um dos autores do crime. O crime bárbaro ocorreu no dia 3 de agosto, em uma estrada vicinal nas imediações da rodovia Cezário José de Castilho (SP-321), a Bauru-Iacanga, na altura do Residencial Nova Bauru.
O casal – um homem de 51 anos e uma mulher de 37 anos – foram localizados em Goiás, na cidade de Nova Veneza. Eles confessaram o crime, inclusive narraram que mataram a vítima com uso de uma chave de roda e após carbonizaram o corpo da vítima. A vítima tinha uma relação com o acusado e pedia que ele rompesse com a amásia para ficar com ela. Com isso, o homem, junto com a amásia, planejaram o assassinato de Gilmaria.
“Esse agressor, juntamente com a atual esposa, planejou o crime porque a vítima, outrora amásia e, mais recentemente, amante desse agressor, estaria causando alguns percalços no atual relacionamento conjugal dos dois infratores”, disse o delegado Rilmo Braga, responsável pela operação que prendeu a dupla.
Depois do crime, os acusados fugiram para Nova Veneza, na região metropolitana de Goiânia. Com a localização dois dois e os mandados de busca e apreensão e de prisão em mãos, os policiais civis da DIH prenderam o casal.
O homem foi encaminhado para a Cadeia Pública de Avaí e a mulher foi levada para a Cadeia Pública de Pirajuí. Segundo a polícia, eles vão responder por homicídio qualificado e tentativa de ocultação de cadáver. A operação foi coordenada pelos Delegados Rilmo Braga, da DIH, e pelo Delegado Rogério Dantas, da DEIC de Bauru (PCSP).
O portal S&DS entrou em contato com a filha de Gilmaria, Patrícia Santana, que informou que os fatos não foram esses narrados pelos criminosos. Veja abaixo o relato de Patrícia.
Dos fatos
Meu irmão mais novo pagava o aluguel da minha mãe e nós outras despesas ou também o aluguel. Era um ajudando o outro. Quando entrou a crise ela achou que meu irmão não conseguiria ficar pagando o aluguel para ela e esse cara ofereceu a casa lá para ela. São duas casas no mesmo quintal.
É uma casa de madeira simples que não tem nem banheiro. E, minha mãe foi pra lá, ficou uns dois meses. E ele começou a dar em cima da minha mãe, querendo coisas com minha mãe, minha mãe não quis. Ele ameaçou minha mãe de morte e tudo. Aí, minha mãe pegou e saiu de lá e veio ficar uns dia aqui em casa comigo. Aí, ficou uns 15 dia comigo
Aí, ela achou uma casa e meu irmão pagou o aluguel para ela dessa casa que ela achou. Já tinha uns três meses que ela estava nessa casa. Só que minha mãe saía muito e bebia muito. Gostava muito de beber e esse pessoal também. Então eles estavam sempre juntos no bar.
No domingo, dia 02 de agosto, na madruga, ela estava em um bar que é do lado da casa desse casal. O pessoal que estava no bar, falaram que esse cara chamou ela para sair, e, ela acabou indo.
A história que ficamos sabendo, é, que; neste mesmo domingo, dia 02 de agosto, que minha mãe falou para a mulher dele que ele estava dando em cima da minha mãe e era para ela conversar com o marido dela para ele parar de dar em cima da minha mãe e ameaçar ela.
Aí, foi onde ele planejou toda a morte. Disse que ela brigou com minha mãe de bater na minha mãe de tapa mesmo, minha mãe lá no bar. E depois às 23h, esse cara chamou minha mãe, não sei o que ele falou para ela, que a gente não estava junto; disse que ele chamou ela e ela entrou no caro.
Depois que ela entrou no carro foi quando ele pegou a mulher dele, levou minha mãe aqui pra longe, na estrada aqui perto de Bauru nos eucaliptos deserto que não tem luz, não tem câmera, não tem nada e assassinou minha mãe lá.
A realidade é: ele estava dando em cima da minha mãe, já tinha ameaçado minha mãe de morte e quando minha mãe contou para a mulher dele que o marido dela estava dando em cima dela, onde eles planejaram a morte dela. O casal assassinou minha mãe.