Atualizado em 12/08/20 às 16h59 | Publicado em 14/08/20

Codeplan publica estudos sobre os jovens no DF

Dois estudos com foco nos jovens do Distrito Federal: um traça o perfil demográfico e o outro aborda a questão do jovem no mercado de trabalho. Ambos são baseados na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2018 e podem ser acessados no site da Companhia (www.codeplan.df.gov.br). O dia 12 de agosto foi definido pela ONU, em 1999, como Dia Internacional da Juventude, em resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, reunida em Lisboa, no ano anterior.

O estudo “RETRATOS SOCIAIS DF 2018 – Perfil da população jovem do Distrito Federal”, revela, por exemplo, que residem 717.377 jovens no Distrito, o que corresponde a 25% da população total, proporção que se manteve estável nos últimos dez anos. Resumidamente, este jovem pode ser descrito como negro (61,8%), solteiro (85,4%), residente em domicílio composto por casal com filhos (55,2%), com 59,6% dos jovens ocupando a posição de filhos. Ainda, destaca-se, que 24% das jovens são mães e que as jovens trabalham, em média, 8,4 horas por semana a mais que os jovens do sexo masculino com atividades domésticas.

Segundo o estudo, esse é apenas o “perfil médio” dos jovens no Distrito Federal, pois há grande diversidade nos perfis de acordo com a renda média das Regiões Administrativas em que residem.

O trabalho integra o conjunto de análises temáticas realizadas a partir dos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2018 e utiliza o conceito de juventude, de acordo com o do Estatuto da Juventude brasileiro, que define juventude como o período compreendido entre 15 e 29 anos. Outros trabalhos da série “RETRATOS SOCIAIS” estão disponíveis também no site da Companhia e abordam temas como crianças, idosos, mulher e deficientes.

“Entender os aspectos sociodemográficos da juventude do Distrito Federal é importante para conhecer seus desafios e potencialidades. A estrutura etária da população jovem e sua proporção em relação ao restante da população afetam o crescimento da força de trabalho do território e a pressão pela criação de postos de trabalho. Por outro lado, a população jovem pode ser um grande ativo, injetando inovação, produtividade e empreendedorismo na economia”, destaca os autores.

Mercado de Trabalho – O estudo Jovens no Mercado de Trabalho: um olhar a partir da PDAD 2018 teve por objetivo analisar a situação laboral dos jovens (15-29 anos) do Distrito Federal, comparando o perfil dos desocupados com o dos ocupados, além de estudar a inserção destes últimos ao mercado de trabalho. Os resultados revelaram, por exemplo, que a taxa de desocupação dos jovens era 12,1 pontos percentuais superior àquela observada para a população geral (26,2% contra 14,1%), com o contingente de desempregados concentrado nas regiões de Samambaia, Recanto das Emas e Ceilândia.

Os dados mostraram, ainda, que cerca de 60% dos desocupados não estudavam. Entretanto, esses jovens desocupados dedicaram mais tempo aos afazeres domésticos que os ocupados, sinalizando uma importante contribuição não pecuniária para a manutenção do domicílio.

Segundo os autores, com base nos resultados encontrados, “políticas públicas que fomentem a criação de empregos em regiões mais populosas e compatíveis com a qualificação destes jovens (menos experientes e com escolarização de nível médio) e o oferecimento de qualificação técnica alinhada com a demanda do setor produtivo podem ser promissoras para aliviar o desemprego desse público.” Reforçam, ainda, a importância da oferta de vagas em creches e escolas em tempo integral como forma de auxiliar a disponibilidade desses jovens para o mercado de trabalho.

Serviço – publicação dos estudos RETRATOS SOCIAIS DF 2018 – Perfil da população jovem do Distrito Federal, in http://www.codeplan.df.gov.br/publicacoes-da-diretoria-de-estudos-e-politicas-sociais/ e Jovens no Mercado de Trabalho: um olhar a partir da PDAD 2018, in http://www.codeplan.df.gov.br/notas-tecnicas/