21 de Julho de 2020
Para reduzir a quantidade de pessoas e aumentar a oferta de atendimentos aos internados, o pronto-socorro do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) atende somente os casos graves que chegam ao local. Situações mais leves, de clínica médica e com menor risco podem ser atendidas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Região de Saúde Sudoeste, localizadas em Samambaia e no Recanto das Emas.
“O HRT é um hospital referência para pacientes que precisam de internação hospitalar, ou seja, de classificação vermelha. Os de menor gravidade, a população deve buscar as UPAs. Cada uma delas recebeu seis médicos para reforçar o atendimento. Além disso, damos retaguarda para elas nas situações mais críticas”, informou o diretor do HRT, Wendel Moreira.
O gestor explica que quando o paciente chega ao HRT, passa por uma triagem criteriosa da equipe de saúde, para saber se está estável ou não. A depender do nível da situação, a pessoa pode ser direcionada para uma unidade básica de saúde (UBS), caso receba a classificação verde, de acordo com o protocolo de Machester, ou para uma das duas UPAs da região, se for amarelo ou laranja.“Mas o ideal é que as ocorrências mais simples não venham para o HRT, para organizar o fluxo e garantir o atendimento aos que estão mais graves. Mantendo esse controle, conseguimos diminuir em 70% o número de óbitos”, garantiu Wendel Moreira.A Emergência do hospital de Taguatinga está aberta para receber os casos graves nas seguintes especialidades: ortopedia, cirurgia-geral, pediatria, oftalmologia, ginecologia e cardiologia.
Lean
A organização do fluxo de pacientes no hospital foi trazida pelo projeto Lean nas Emergências, implantado no pronto-socorro do HRT em 2019. Os resultados obtidos em um ano mostram a eficiência das estratégias de otimização do tempo, do espaço e dos recursos disponíveis na unidade, pois reduziu-se de 150 para cerca de 80 o número de internados na época.
Contudo, se essa organização não for seguida, o diretor avalia que vidas podem ser perdidas enquanto casos mais simples tiram o foco dos serviços prestados no hospital. Por isso, a situação também exige compreensão e consciência por parte da população. “As UPAs são sentinelas para atender os pacientes de menor gravidade. Se o fluxo não for respeitado, então não há sentido em ter elas”, ressaltou o diretor.
Vicente Pires
A expectativa é que uma nova Unidade de Pronto Atendimento seja construída em Vicente Pires, para ampliar os atendimentos na Região de Saúde Sudoeste. As obras da estrutura já foram iniciadas na Rua 10 Chácara 136. O local terá capacidade de atender 4,5 mil pessoas por mês.
“Com a nova UPA, os serviços de saúde vão melhorar muito para a população, que terá mais um local para ser atendida”, destacou o gestor.*Com informações da Secretaria de Saúde