Por Ivan Rodrigues
02 de Julho de 2020
As buzinas dos carros e motos soam a todos os instantes
Pode até parecer normal: um motoqueiro transitando em calçada de pedestres aqui em Manaus, exigindo que nós pedestres saiamos de sua frente, se não o caldo pode engrossar para o transeunte.
Aconteceu comigo hoje cedo, ao sair do Banco do Brasil, na avenida Costa e Silves, quando eu e minha amiga, enfermeira Yuri, deixávamos o banco em deslocamento pela calçada, em direção ao banco Bradesco mais à frente.
Quase que ocorreu um boletim de ocorrência de vias de fato entre eu e o motoqueiro, que estava com uma mulher de carona.
Respirei fundo, pensei nas lindas palavras que há pouco havia proferido para minha filha por ocasião de seu aniversário de vinte anos, e em Deus com seus ensinamentos de mansidão.
Tivemos uma breve discussão.
Ele disse:
– “Sai da frente logo!”
Eu respondi:
– “Você está louco! Aqui é calçada para os pedestres.”
Ele continuou:
-“Estou mandando sair da frente!”
Eu fechei meus punhos, e, pensando rapidamente que violência só gera violência, abri o caminho para a ignorância passar.
Em frente à agência do Bradesco, comecei a reparar a selvageria, irresponsabilidade e falta de fiscalização por parte dos órgãos competentes de trânsito de Manaus que mais parece o trânsito de carros na Índia.
Faço menção aos motoristas de coletivo público que realmente param na faixa de pedestres, pelo menos nesta avenida, na qual passei 01h40 minutos em observação, enquanto aguardava a Yuri deixar a agência bancária.
Vejam em vídeos e fotos como se comportam os motoristas de Manaus em um total desrespeito às regras de preservação da vida no trânsito.
Lógico que não são todos, porém poucos se dignificaram a pararem para dar a vez aos pedestres atravessarem a rua, mesmo quando estes estavam com crianças para atravessarem a avenida.