Cofen: Modelo de Evolução de Enfermagem - Sistematização da Assistência Guia Completo e Atualizado.

01 de Julho de 2020

Por Alberto Júnior

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Hoje seria apenas mais um domingo em Manaus na árdua luta contra a COVD 19. Mas aí me deparei com o texto acima e comecei a refletir sobre alguns aspectos da minha vida e da minha formação enquanto profissional da saúde.

Esta doença trouxe-nos a uma realidade que jamais imaginei viver enquanto servidor da saúde. Quando sonhei um dia como criança em ser médico, enfermeiro, fisioterapeuta, farmacêutico, técnico de enfermagem, fonoaudiólogo, biomédico, psicólogo sempre tive em minha mente a ideia de que iria salvar vidas. De que com muito esforço e estudo poderia ajudar as pessoas a superar as suas dores e as suas doenças. Coisas de uma criança que sonhava em ajudar.

Mas hoje, diante da realidade imposta, somos obrigados a conviver com o que não nos foi ensinado na cátedra, uma simbiose de cientificismo e humanização contra a insensibilidade, a desumanização, o indefinido e a inexatidão.

Ver pessoas pedindo por suas vidas, para não serem entubadas, assistir a tanto sofrimento e muitas vezes estar de mãos atadas, sem um respirador, sem uma medicação ou mesmo sem uma solução que realmente possa salvar a vida daquele indivíduo que com certeza tem familiares também sofrendo e chorando por ele.

Seria apenas mais um domingo, mas hoje me lembrei do juramento que fiz e de outros textos que dizem que não sou herói já que tenho um salário. Verdade seja dita realmente tenho um, mas hoje ao ler este texto pude perceber que não há dinheiro no mundo que pague as decisões e as violências que esta doença terrível tem nos causado. Por isso, quero compartilhar com cada colega da linha de frente o meu carinho e solidariedade.

Muitos de nós, profissionais de saúde, tombaram na batalha contra o vírus da morte. E muitos de nós sairemos diferentes, pois só quem está lá dentro vivendo está triste realidade todos os dias é que sabe como é difícil sair de um plantão e ver ainda as pessoas não acreditando que o vírus pode matar. Coragem, força e fé para todos vocês heróis da saúde que mesmo em risco continuam a lutar bravamente.


Por Alberto Júnior, professor e enfermeiro. Foto: Crédito livre a outros escritores.