22 de Abril de 2020
Redação
Uma das coisas que talvez o atual secretário de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva, não entendeu ainda, ou, se entendeu não quer reconhecer é o papel da importância dos profissionais de enfermagem e dos não médicos também, no combate na linha de frente, 24 horas por dia, ao coronavírus.
Não faltam críticas, insatisfações e revoltas por parte dos profissionais não médicos à condução da pasta pelo neurocirurgião, Carlos Eduardo Amaral.
“A enfermagem tem que cruzar os braços, abandonar tudo e fazer greve, deixar esses pacientes para o secretário cuidar com a falta de condições dignas de trabalho e respeito e sem reajuste salarial. Ele só conhece a linguagem médico centrada” liderança profissional sob sigilo da fonte.
As críticas também foram direcionadas ao governador do estado, Romeu Zema (Novo), que nomeou o neurocirurgião como secretário de Saúde.
“Perguntem para governador Romeu Zema, se ele e sua família conseguiriam passar o mês com R$ 1.200 por mês. Vamos fazer uma grande rede entre nós profissionais dignos, sérios, compromissados pelo fim da gestão [Zema] e [Carlos Eduardo] em nosso estado,” conclamou Luiz Fernando, profissional de saúde do estado em uma rede social com mais de 222,000 seguidores em MG.
O médico Carlos Eduardo foi candidato a deputado federal pelo [Partido Novo] sendo derrotado nas urnas em 2018.
O site entrou em contato com o secretário de Saúde e a assessoria de comunicação da pasta para posicionamento, mas até o fechamento desta matéria não quiseram se posicionar.
Nota enviada às 14h40
Em relação à sua solicitação, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que não recebeu oficialmente nenhum tipo de reclamação por parte de profissionais. A SES-MG ressalta, ainda, que todos os funcionários são importantes neste momento de pandemia e enfrentamento à covid-19. Vale ressaltar, também, que o Decreto Estadual 47.914, de 10 de abril de 2020, prevê os valores da remuneração de médicos contratados temporariamente e a Gratificação Temporária de Emergência em Saúde Pública (GTESP) aos profissionais da rede da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), que estão em atendimento nas unidades de covid-19. Os contratos temporários foram necessários para reforçar o atendimento na rede.
Diante do não provimento das vagas para médicos pelo chamamento público existente, foi identificado que esta categoria recebia remuneração inferior à praticada pelo mercado público e privado, diferente das demais categorias. Considerando esse cenário e da necessidade urgente na formação de equipes para atendimento à pandemia, a categoria médica foi contemplada neste decreto.
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG)