13 de Abril de 2020
A Coreia do Sul relatou nesta segunda-feira (13) que ao menos 116 pessoas inicialmente recuperadas do novo coronavírus voltaram a se infectar, mas autoridades deram a entender que em breve estudarão amenizar as recomendações rigorosas adotadas para evitar novos surtos.
O país só comunicou 25 casos novos nesta segunda-feira, mas o aumento de pacientes “reativados” causou preocupação enquanto o país se dedica a acabar com as infecções.
Autoridades ainda estão investigando a causa das recaídas aparentes, mas Jeong Eun-kyeong, diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC), disse que o vírus pode ter sido reativado, ao invés de os pacientes terem sido reinfectados. (*suposição).
Outros especialistas disseram que exames defeituosos podem estar desempenhando um papel, ou que resquícios do vírus ainda podem estar nos sistemas dos pacientes, mas não serem infecciosos ou ameaçarem o hospedeiro ou outros.
Os 116 casos são mais do que o dobro dos 51 do tipo que a Coreia do Sul relatou uma semana atrás.
Envio de exames
A nação planeja enviar 600 mil conjuntos de exames de coronavírus aos Estados Unidos na terça-feira, a primeira remessa do tipo após um pedido do presidente norte-americano, Donald Trump, disse uma autoridade de Seul à Reuters nesta segunda-feira.
Enquanto isso, líderes governamentais pediram ao sul-coreanos que continuem a seguir as diretrizes e restrições a reuniões sociais, mas insinuaram que tais medidas podem ser amenizadas em breve.
A Coreia do Sul pediu à população que cumpra o distanciamento social rígido ao menos até 19 de abril, mas como o número de casos diminuiu e o clima melhorou, uma quantidade crescente de pessoas vêm desrespeitando as diretrizes.
Em uma reunião de gerenciamento de desastres realizada nesta segunda-feira, o primeiro-ministro, Chung Sye-kyun, disse que em breve o governo estudará o afrouxamento das diretrizes, que pedem que as pessoas fiquem em casa, evitem aglomerações de qualquer tipo e só saiam por motivos essenciais.
Alguns governos locais impuseram medidas mais rigorosas, como fechar bares e clubes noturnos, proibir grandes manifestações e limitar os cultos em igrejas.
Chung alertou que, mesmo quando as restrições forem suavizadas, o país não voltará à vida como era antes do surto.
Por Reuters