02 de Março de 2020
DF terá primeiro Centro Especializado de Saúde da Mulher
Entrega da unidade faz parte de uma série de ações do GDF programadas para março
O Distrito Federal terá o primeiro Centro Especializado de Saúde da
Mulher (Cesmu), também chamada de Clínica da Mulher. A ordem de serviço
para inaugurar a unidade foi assinada, nesta segunda-feira (2), durante a
solenidade de lançamento do programa #MarçoMulher
no Palácio do Buriti.
O objetivo é transformar a policlínica, localizada na 514 Sul no
Cesmu, para implementação da linha de cuidado obrigatória em Atenção à
Saúde da Mulher, incluindo especialidades médicas e não médicas e
serviço de apoio às vítimas de violência para mulheres.
O espaço passará por uma pequena reforma, que começará nesta
terça-feira (3), com adequação como a construção de banheiros anexos à
consultórios para consulta em ginecologia; instalação de bancadas e
armários; instalar isolamento acústico, entre outros.
A entrega do centro, prevista para ocorrer até o final de março, faz
parte de uma série de ações desenvolvidas pelo GDF no mês da mulher, que
incluem a construção de mais quatro Casas da Mulher Brasileira, além de
campanhas publicitárias para promover a
vacinação contra HPV e incentivar as mulheres a fazerem exames
preventivos, citopatológicos e mamografias.
“Quando a política é bem-feita, transforma a vida das pessoas em
várias áreas. Como no caso desse trabalho da Secretaria de Saúde de
criar a primeira Clínica da Mulher do DF. Quantas vidas isso não vai
transformar?”, indagou o governador do Distrito Federal,
Ibaneis Rocha, após assinar a ordem de serviço na solenidade.
Além do Centro Especializado de Saúde da Mulher, o governador
reforçou que já pediu ao secretário de Saúde, Osnei Okumoto, o estudo
para prever a criação de uma policlínica de atendimento à mulher em cada
região administrativa. “Esse é um projeto que a Secretaria
de Saúde já está montando para o próximo ano, para que cada uma das
regiões do DF tenha um atendimento especializado às mulheres”, prometeu
Ibaneis Rocha.
ELOGIOS – Presente na cerimônia, a ministra da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, elogiou a
iniciativa do GDF em criar a unidade, e que o Distrito Federal seja uma
experiência positiva para os próximos projetos envolvendo
a saúde e proteção da mulher.
“Não vamos abandonar a saúde da mulher. Queremos que todas sejam
acolhidas e protegidas pelo Poder Público. E aqui no DF eu vejo uma
preocupação com a pauta das mulheres. Quero cumprimentar vocês pela
Clínica da Mulher, e que ela seja um exemplo para o país
inteiro, e mais uma política do DF que possamos levar para todo o
Brasil”, elogiou a ministra.
Além de Damares Alves, a implementação do Centro Especializado de
Saúde da Mulher pela Secretaria de Saúde também foi elogiada pela
deputada federal Celina Leão, o presidente da Câmara Legislativa do
Distrito Federal, Rafael Prudente, e a secretaria da Mulher
do DF, Ericka Filippelli, que pontuou: “ela terá como característica o
cuidado especializado para as mulheres, preparada para atender elas”.
Também participaram da solenidade a primeira dama do DF, Mayara
Noronha Rocha, os secretários de Saúde, Osnei Okumoto, de Segurança
Pública, delegado Anderson Torres, e demais gestores que vão integrar as
ações do programa #MarçoMulher, capitaneadas pela
pasta comandada por Ericka Filippelli.
SERVIÇOS – No centro serão disponibilizados serviços
que atendam mulheres adultas, acima de 18 anos, em qualquer período do
ciclo da vida, nos seguintes aspectos:
• Acolhimento da gestante de alto risco referenciada;
• Atendimento por equipe multiprofissional com elaboração de Projeto Terapêutico Singular, Plano de Parto (em casos de gestantes);
• Acesso aos medicamentos necessários para saúde da mulher;
• Encaminhamentos responsáveis;
• Acesso a pré-natal de alto risco;
• Acompanhamento puerperal especializado;
• Ginecologia especializada;
• Oncoginecologia;
• Mastologia especializada;
• Exames diagnósticos de imagem, caso adquira colposcópio e ultrassom ;
• Práticas integrativas de saúde (especificamente homeopatia e acupuntura);
• Atendimento psicológico;
• Atendimento aberto às vítimas de violência por assistente social e psicólogo;
• Dermatologia especializada;
• Endocrinologia especializada;
• Nutrição especializada.
FLUXO – Seu funcionamento se dará em termos de linha
de cuidado, sendo a enfermagem a ordenadora do fluxo interno. No
acolhimento à mulher encaminhada ao serviço especializado – pela atenção
primária ou pelo próprio nível secundário-, a
enfermeira acolhe e traçará um plano de assistência da mulher para o
serviço, selecionando as especialidades para as quais a paciente
necessita de atendimento.
A mulher transitará (dentro da unidade) em um rodízio de
profissionais que a atenderá em sua integralidade. Ao final, a paciente
retornará à enfermagem para avaliação final, que decidirá se a mulher
terá necessidade de retornar ao serviço multiprofissional,
se será referenciada a outra unidade de nível secundário ou aos
cuidados de sua UBS.
Serão atendidas mulher adultas, acima de 18 anos, com dor pélvica
crônica, sangramento uterino normal, afecções em oncoginecologia e com
necessidade de atendimento integral. Já as mulheres trans que chegarem à
unidade terão assistência à violência. Contudo,
outros componentes da saúde somente poderão ser avaliados pelo
Ambulatório Trans, localizado no Hospital Dia.
REGULAÇÃO – O serviço no Cesmu será de acesso
regulado, com nível de complexidade média de saúde. Após implementação
do serviço em outras unidades, o panorama será alterado gradativamente,
promovendo a regionalização.
Para regular o serviço, será criado um novo código de consulta
chamado “Consulta multiprofissional em saúde da mulher”, em que será
direcionada ao enfermeiro do acolhimento do CESMU, para que os
encaminhamentos sejam realizados internamente no mesmo dia
em que foi agendado.
Assessoria de Comunicação
Secretaria da Saúde