26 de Novembro de 2019
Postado por Poliglota
Uma matéria bomba editada ontem pelo site https://veja.abril.com.br/, intitulada “PM DO DISTRITO FEDERAL AMEACA GREVE CONTRA REAJUSTE DE 31,6%” causou revolta e indignação dentro do seio da corporação e, principalmente, entre o alto comando da instituição.
Mesmo insatisfeitos com a forma e percentuais que foram tratados os reajustes das duas categorias, integrantes creditam a matéria a uma tentativa de grupos ainda não identificados de jogarem o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), contra as categorias de militares.
O blog entrou em contato com a Assessoria de Comunicação Social da corporação que afirmou, veementemente, que isso não existe. “Trata-se de uma irresponsabilidade. Uma forma de tentar jogar a opinião pública contra uma corporação eu tem demonstrado compromisso com a sociedade de Brasília, jogar o governador contra a corporação e desqualificar o trabalho excepcional que está sendo realizado com os índices de criminalidade sendo diminuídos dia após dia”, disse o Chefe da Comunicação Social, coronel Souza Oliveira.
Números não mentem
A corporação resolveu contradizer os fatos de forma prática, através de números. Segundo o coronel Souza Oliveira, “como pode uma polícia estar em greve ou ameaçar uma greve se os números produzidos contrastam exatamente o contrário? ”, questionou.
Somente entre os dias 01 e 24 de novembro, a Polícia Militar registrou 3.230 ocorrências. Foram 75 Termos Circunstanciados, 249 pessoas presas/apreendidas, 57 veículos roubados e recuperados, 33 armas apreendidas e 68 celulares recuperados. Só nesse final de semana foram 16 armas de fogo apreendidas e mais 6 de ontem para hoje.
Para comprovar o quanto a PM vem trabalhando para diminuir os índices de criminalidade, no mesmo período de 2018 (novembro) foram registrados 31 homicídios contra 27 em 2019; 3 latrocínios contra nenhum esse mês; 2.191 roubos a transeunte contra 1.851; 132 roubos a comércio contra 78. Isso em se tratando dos crimes mais frequentes. No total, a redução chegou a 2,8% em relação a novembro de 2018 (Fonte: PMDF).
Nos grupos policiais existente nas redes sociais, nem mesmo os mais céticos acreditam nessa realidade. “Estamos sim insatisfeitos por estarmos sendo preteridos pelo governo, mas não ao ponto de radicalizarmos uma ação dessas, trazendo à sociedade um pânico que só foi visto em 2012/13 com a decretação da Operação Tartaruga”, disse uma fonte que pediu sigilo.
Declaração de Secretário de Economia acirra os ânimos
Uma declaração ontem ao Portal Metrópoles do Secretário de Economia, André Clemente, de que “Essa é uma agenda que foi cumprida pelo Governo do Distrito Federal (GDF), era uma promessa de campanha e já foi encerrada da parte do DF e a saída seria que as negociações fossem feitas diretamente com o governo federal”, acirrou mais ainda os ânimos.
Imediatamente as reações foram diversas por parte das associações de classes que representam os policiais e bombeiros e todos aguardam, ansiosamente, a volta do governador Ibaneis Rocha, para ouvir diretamente dele as definições. Segundo fontes ouvidas pelo blog, “depois que ouvirmos o governador vamos nos reunir, seja qual for a palavra final, e decidir que posicionamento devemos tomar, disse um representante que pediu para não ser identificado.
Mais cedo, aconteceu uma reunião na Associação dos Oficiais da PMDF (ASOF), onde representações das classes e lideranças debateram o tema.