18 de Outubro de 2019
O Comandante Geral, coronel Julian Pontes, reforçou em sua fala a importância da integração entre os órgãos de segurança pública e aproximação entre a polícia e a comunidade, numa entrevista exclusiva com jornalistas e blogueiros da ABBP (Associação Brasiliense de Jornalistas e Blogueiros de Política do DF e Entorno)
Postado por Poliglota – RadarDF e Policiamento Inteligente
A entrevista coletiva girou entorno de temas recentes, em especial, sobre o aumento de homicídios e feminicídios na cidade, Guarda Distrital, reajuste salarial da categoria, área de saúde da Corporação, reforma da previdência e Escolas Compartilhadas.
O Comandante Geral, coronel Pontes, reforçou em sua fala a importância da integração entre os órgãos de segurança pública e aproximação entre a polícia e a comunidade. Explanou para os blogueiros e jornalistas presentes sobre as duas vertentes da segurança pública: “o policiamento propriamente dito”, a “sensação de segurança” e o impacto da mídia neste processo. Segundo ele, “a segurança é uma construção de todos nós, dentro de uma visão de coletividade”, reforçou também a necessidade da prevenção primária e de uma mudança de comportamento na sociedade diante de alguns crimes, em especial, o feminicídio.
“A nossa Polícia reduz o crime sem precisar matar”, diz o comandante-geral da PMDF
Enquanto nos 26 estados o número de mortes se eleva em decorrência da resistência de criminosos durante o confronto com a polícia, como as 6.160 mortes registradas em 2018, segundo o Anuário da Violência, o Distrito Federal segue na contramão desses números alarmantes com uma taxa de mortalidade zero.
“Nos últimos dois anos, a PMDF reduziu a criminalidade sem precisar matar ninguém”, sustentou o coronel Julian Rocha Pontes, comandante-geral da instituição militar brasiliense, durante entrevista coletiva concedida a blogueiros de política nesta terça-feira (15/10).
A razão para combater criminosos sem precisar usar o poder letal, como ocorre com a maioria das polícias do país, está no fato, segundo o comandante da PMDF na eficiência operacional de sua tropa.
Pontes afirmou que o DF está entre os sete entes federativos que conseguiram progressivamente fazer redução dos índices de homicídios de 2016 até a presente data.
“Mesmo recuando para 2013, praticamente só o DF apresentou a redução de homicídios, conforme revela os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública capitaneado pelo IPEA”, disse.
Se no resto do país, a ação letal empregada pelas forças policiais fechou o ano de 2018 com 6.160 mortes cometidas por policiais em serviço, no Distrito Federal, segundo o Anuário da Violência, não foi registrado nenhum caso de morte decorrente de intervenção militar no mesmo ano.
Mesmo assim, sem precisar usar o seu poder letal no combate ao crime, o comandante Pontes afirma que a PM que ele comanda ainda não é uma organização perfeita. Sustenta que ainda é preciso melhorar e ampliar o diálogo com a sociedade.
No entanto, destaca que a sua corporação é a instituição que menos mata no Brasil e que respeita os direitos humanos.
Para o comandante, a PMDF tem feito o seu papel mesmo com o baixo efetivo de apenas 11 mil homens, já computado com os 750 soldados que ainda estão em processo de formação para ir para as ruas.
Segundo ele, o ideal são 18 mil homens porque o DF foi a região metropolitana que mais cresceu no Brasil nos últimos anos.
Mesmo com o aparato diminuído, temos reduzido os índices de criminalidade. Essa polícia já teve 16 mil homens há dez anos passados e os índices criminais eram bem maiores.
Ele disse que apesar do pouco investimento para o aumento da tropa, a instituição fez grandes investimentos em eficiência que envolve a capacitação e treinamento do efetivo, além de equipamentos e o uso das novas tecnologias para o combate ao crime.
“Quando eu falo da qualidade e da eficiência, não falo somente da PMDF. A policia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil que compõem as forças de segurança do DF, conquistaram também o mesmo caminho da eficiência. Foi-se a época que cada um queria ser maior ou melhor que o outro. Essa equivocada política do passado nos mostrou que não traz o resultado satisfatório que a sociedade precisa e exige”, disse.