20 de Setembro de 2019
Por Julia Marinho
Se você já tentou encontrar alguém no meio de um show, como no Rock’n Rio, sabe que isso é quase virtualmente impossível. Em um tempo de Google Maps e tantos outros aplicativos de geolocalização, seria possível achar alguém no meio do nada?
Sim. Três palavras escolhidas aleatoriamente marcam a localização exata de 53 trilhões de quadrados, medindo 3mx 3m, em qualquer ponto do planeta. A ideia, de uma simplicidade ímpar, surgiu da infância do fundador da empresa What3Words, Chris Sheldrick, que cresceu na zona rural de Hertfordshire, Inglaterra.
“Nosso código postal não apontava diretamente para a nossa casa. Acabamos nos acostumando a receber cartas de outras pessoas, ou ter que ficar na estrada acenando para o carteiro”, lembra ele. Depois de dez anos na indústria da música lidando com bandas perdidas em estádios, ele teve a ideia de comprimir a numeração de longitude e latitude (16 dígitos) em algo simples até para uma criança ler. Junto com um matemático, descobriu que 40 mil palavras seriam suficientes para nomear cada lugar do mundo.
Qualquer lugar do mundo pode ser achado através de três palavras – inclusive uma duna no meio do Deserto de Gobi, na Mongólia. (Fonte: what3words/Divulgação)
O uso é fácil: basta digitar o localizador de três palavras e o app leva o usuário até o lugar desejado. Para fazer o caminho inverso, inserir o nome do lugar onde se quer ir e achar as três palavras é suficiente. O aplicativo é gratuito (a empresa fatura licenciando o código que transforma o localizador em coordenadas geográficas lidas por navegadores de carros).
O What3Words já é usado para orientar drones da Amazon a deixar encomendas na varanda de trás e não na escada da frente de casa. Forças policiais e serviços de emergência do Reino Unido também começaram a usar o aplicativo em salvamentos. Nas Filipinas, a Cruz Vermelha é usuária do serviço.
Fontes CNET