30 de Agosto de 2019
Resgatar o autovalor e a autoestima é o principal objetivo do Clime, o Grupo de Apoio a Mulheres no Climatério e Menopausa, destinado às servidoras que trabalham nós órgãos do Governo Distrito Federal. Com duração de seis semanas, todas as segundas-feiras duas psicólogas atuam como facilitadoras na qualificação e empoderamento feminino para enfrentar as mudanças desse período da vida. As mulheres interessadas em participar do Clime devem ligar na SubSaúde, no número 3349-3972, para se inscrever e obter mais informações.
Muitas mulheres sofrem no climatério e na menopausa por causa das variações hormonais características. A subsecretária de Gestão de Pessoas, Silene Almeida, ressalta que não são incomuns relatos de instabilidade emocional (labilidade), angústia, irritabilidade e até depressão associadas à menopausa.
“Infelizmente, por desconhecimento, na maioria das vezes, as mulheres são vítimas de chacotas como se fosse algo produzido e não sentido realmente. A iniciativa de criar um grupo de apoio às servidoras climatéricas ou na menopausa é muito importante para desmistificar o assunto, trazer esclarecimentos e assegurar as ações de cuidado psicológico e assistencial necessárias”, destaca Silene.
De acordo com especialistas, de cada quatro mulheres, pelo menos três experimentam sintomas desagradáveis no climatério. As ondas de calor, resultantes de sinais vasomotores, são os mais típicos e estão presentes em 60% a 75% das mulheres.
Surgem inesperadamente como crises de calor sufocante no tórax, pescoço e face, muitas vezes, as ondas são acompanhadas de rubor no rosto (a temperatura da pele chega a subir cinco graus), sudorese (que pode ser profusa), palpitações e ansiedade.
As crises, geralmente, duram de um a cinco minutos e podem repetir-se diversas vezes por dia. O climatério se manifesta em torno dos 45 anos (no Brasil, aos 55 anos de idade, em média) e se estende até a senescência (após os 65 anos de idade).
A iniciativa é uma ação da Gerência de Saúde Mental e Preventiva e faz parte do Programa de Gestão de Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho.
Josiane Canterle, da Agência Saúde
Arte: Danielle Freire/Saúde-DF