Osnei Okumoto, secretário nacional de vigilância em Saúde. Foto: Agenda Capital

26 de Julho de 2019



O governador Ibaneis Rocha não admite pressões e deve preservar o secretário de saúde no cargo.

Apesar da forte conspiração do chamado “fogo amigo amicíssimo”,  que deseja a queda do secretário de Saúde Osnei Okumoto, no entanto, setores do governo Ibaneis garantem que ele vai permanecer no cargo que se encontra desde o início do governo. Segundo informações, obtidas pelo Radar-DF, o governador Ibaneis não estaria disposto a ceder  às pressões internas ou ter medo da cara feia dos donos de empresas que operam na Secretaria de saúde, há décadas  e que  não querem largar o osso

Por Toni Duarte//RADAR-DF

No governo passado a importante Secretaria de Saúde do Distrito Federal mudou de secretário como alguém muda de camisa. Foram quatro durante a gestão Rollemberg o que foi muito ruim para a imagem do governo socialista.

A queda de  gestores da SS tem como causa principal a briga interna pelo poder, disputada por categorias, principalmente pela dos médicos, que usam da sabotagem o do boicote que penaliza o cidadão na ponta.

Nessa seara também entram os que trabalham na logística e na compra de medicamentos, causando desgastes de quem estar a frente da Secretaria de Saúde e produzindo o terror em quem precisa do hospital público.

Agora, no governo Ibaneis, surgiu um novo fator: a perda de espaço de algumas empresas que reinaram, por décadas, prestando serviços milionários para a Secretaria de Saúde.

Entre elas, a Dinâmica Administração, Serviços e Obras Ltda de propriedade da família da ex-deputada distrital e candidata ao Buriti nas eleições passadas, Eliana Pedrosa.

A empresa dos Pedrosas entrou na justiça para anular um contrato de licitação alegando favorecimento à empresa alagoana BRA Serviços Administrativos Ltda para realizar serviços de limpeza, higienização, conservação, asseio e desinfecção dos hospitais da rede pública do DF por até 180 dias.

Antes mesmo da notificação da decisão judicial, o governador Ibaneis Rocha mandou anular o contrato de R$ 67 milhões, e exonerou 42 servidores que ocupavam cargos de destaques dentro da estrutura da Secretaria de Saúde.

O cenário abriu caminho para as conspirações internas. O chamado”fogo amigo/amicíssimo” iniciou, de forma escancarada, o processo de fritura do secretário Okumoto, ação que contou com apoio de  uma deputada e um deputado ligados a base do governo.

Ontem, de acordo com as informações obtidas pelo Radar, os ventos começaram soprar a favor dando  uma sobrevida ao farmacêutico Okumoto tido como um “grande gestor e homem correto”.

Quem bota e quem tira é o governador. Pelo que se sabe o secretário fica”, esclareceu ao blog, um  auxiliar do governador Ibaneis Rocha em contato com o Radar-DF”.