A ONU abriu nesta segunda-feira uma cúpula sobre a paz dedicada à memória do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, defendendo que seu legado representa uma “luz de esperança para um mundo dilacerado pelos conflitos e o sofrimento”.
“Foi um líder que nos ensinou que é possível perdoar, que é possível que a reconciliação e a paz se sobressaiam sobre o ódio e a vingança”, destacou a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, no discurso de abertura.
Dezenas de chefes de Estado e de Governo discursarão ao longo do dia nesta cúpula, que lembra o centenário do nascimento de Mandela, e que serve como ponto de partida para uma semana de debates que os líderes terão em Nova York.
Os 193 países da ONU adotarão hoje uma declaração política a favor da paz, um documento não vinculativo no qual reiteram seu compromisso com a paz global e os direitos humanos.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu que o ex-presidente sul-africano “personificou os valores mais altos da ONU” e lutou por “uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em igualdade e harmonia”.
“Hoje, com os direitos humanos sob uma crescente pressão ao redor do mundo, seria muito bom refletir sobre o exemplo deste homem excepcional”, apontou Guterres.
O diplomata português defendeu que é preciso “enfrentar as forças que nos ameaçam com a sabedoria, a coragem e a fortaleza que Nelson Mandela personificou”.
“Mandela foi um cidadão global cujo legado deve continuar nos guiando”, ressaltou Guterres.