Novo modelo de gestão pretende aumentar a produtividade dos serviços em 20%

BRASÍLIA (12/1/2018) – Com um orçamento de R$ 602 milhões para este ano, o Instituto Hospital de Base começou a funcionar oficialmente nesta sexta-feira (12). Agora sob um novo modelo de gestão – que pretende aumentar a produtividade dos serviços em 20% –, a unidade de saúde abrirá na próxima semana o primeiro processo seletivo, com 708 vagas celetistas para enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos em diversas especialidades.

Em coletiva de imprensa realizada hoje no Palácio do Buriti, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, anunciaram as novidades, junto com o novo diretor-presidente do Instituto Hospital de Base, Ismael Alexandrino. Eles reforçaram que a unidade seguirá 100% pública e gratuita, com as portas abertas e mantendo todas as especialidades com as quais já atuava.

“O que estamos fazendo a partir de hoje é garantir um modelo de gestão moderno, ágil, que permita comprar medicamentos, consertar equipamentos, e substituir pessoal de forma célere e, com isso, oferecer benefícios à população de Brasília”, explicou Rodrigo Rollemberg.

Pelo contrato de gestão firmado quinta-feira (11) entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e o Instituto Hospital de Base, foram estabelecidos prazos e um conjunto de 19 metas, quantitativas e qualitativas, a serem cumpridas. Entre elas, destacam-se:

• Aumentar o número de cirurgias de 6.500 para 9.200 por ano;
• Fazer mais de 2 milhões de procedimentos ambulatoriais;
• Reabrir 117 leitos – 107 de enfermaria e 10 da unidade de terapia intensiva (UTI);
• Ter mais autonomia e descentralização;
• Melhorar o abastecimento de insumos hospitalares;
• Manter equipamentos em pleno funcionamento;
• Mais informações sobre a gestão, com maior transparência e controle.

Secretário de Saúde, Humberto Fonseca

A expectativa do secretário de Saúde, Humberto Fonseca, é obter, até o final de junho deste ano, resultados positivos no atendimento do Instituto Hospital de Base. “O contrato é renegociável todos os anos, em função do orçamento disponível e das metas que atingirmos. Nesse primeiro ano estamos conhecendo as potencialidades desse novo modelo e no ano que vem essas metas poderão ser reavaliadas, com base na nova eficiência que o hospital ganhará”, disse Fonseca.

Para o diretor-presidente do Instituto Hospital de Base, apesar das metas desafiadores, elas são possíveis devido às mudanças propostas na gestão. “Não tenho qualquer dúvida da possibilidade de melhorar a saúde da população com esse projeto. Esse modelo de gestão será um exemplo de sustentabilidade e alternativa para o SUS [Sistema Único de Saúde]”, comentou Ismael Alexandrino.

Diretor-presidente do Instituto Hospital de Base, Ismael Alexandrino

O modelo jurídico é inspirado no do Hospital Sarah Kubitschek, com a gestão feita por meio de um serviço social autônomo.

VAGAS – As 708 vagas disponíveis para profissionais celetistas, que deverão ser contratados por meio de processo seletivo, serão destinadas ao preenchimento das vagas abertas pelos 495 servidores que pediram remanejamento da unidade em 2017; os outros 213 profissionais atuarão na abertura dos 107 leitos fechados no hospital. 

“Essas pessoas só serão substituídas na medida em que as novas contratações forem feitas por meio da CLT. Não haverá desassistência e nem diminuição da força de trabalho”, garantiu Humberto Fonseca.

O processo seletivo será feito em duas etapas por uma banca organizadora reconhecida na capital, com previsão de ser concluído nos próximos meses.

Atualmente, o Instituto Hospital de Base atua com 3,5 mil servidores, mais de 700 leitos de internação e faz 500 mil consultas por ano.

 

Leandro Cipriano, da Agência Saúde