GÊNESIS 15.1-21
Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. (Gn 15.5.).
Como as estrelas dos céus seria a descendência do patriarca Abraão.
E os conquistados por Cristo, pelo sangue lá na cruz, tornam-se estrelas da descendência de Abraão?
O ancião patriarca Abraão já era estabelecido em Canaã. Desde que saíra de Ur dos caldeus e viera peregrinando em Canaã, aguardava ansioso o cumprimento da promessa do Senhor: O filho que levaria o seu nome e o nome do seu Deus através de gerações.
Quando Deus lhe disse que sua descendência seria como as estrelas nos céus, ele contestou, dizendo que ainda não tinha filho, e seu mordomo, o damasceno Eliézer, seria o herdeiro de sua casa.
Deus, porém, confirmou que ele teria um filho gerado de sua semente, mesmo estando velho. Deu-lhe orientações sobre o que aconteceria à sua descendência nos 400 anos seguintes.
As nações que vieram da semente de Abraão: Todos os árabes, através de Ismael (filho de Hagar) e de Midiã e seus irmãos – filhos da segunda esposa de Abraão, Quetura, após a morte de Sara.
O filho da promessa, Isaque, vieram também árabes – dos filhos de Esaú, irmão gêmeo de Jacó. E também a nação de Israel.
As promessas do Senhor à descendência abençoada de Abraão seria como as estrelas do céu e como os grãos de areia da praia do mar.
Estrelas do céu
Se somarmos o número de estrelas na região do chamado Universo observável, uma área com raio de 15 bilhões de anos-luz em que a radiação é captável por nossos telescópios, teremos um total que oscila entre 1 sextilhão e 1 septilhão de estrelas – o número 1 seguido por uma fileira de 21 e de 24 zeros, respectivamente”, afirmou o astrônomo Laerte Sodré Júnior, da Universidade de São Paulo (USP).
Grãos de areia
Só para dar uma idéia, se considerarmos grãos com um diâmetro médio de 0,4 milímetro, caberia 1 septilhão de grãos em uma área desértica quadrada, com 100 quilômetros de lado e 3,2 quilômetros de profundidade. Não é uma área tão grande: se somarmos toda a areia das praias, dos desertos e do fundo dos oceanos, o total de grãos deve ser muito maior que o de estrelas no Universo observável”, compara Laerte.
Se Deus estava falando de grandeza mesmo. Os grãos de areia são os descendentes naturais: árabes e judeus?
As estrelas dos céus seriam a sua descendência pela fé através da conversão em Cristo? A Igreja espalhada por toda a terra?
Segundo pesquisa conduzida pela Pew Research Center (2017), centro de pesquisas norte-americano, até o fim deste século, os muçulmanos irão superar os cristãos como o maior grupo religioso do planeta.
Os cristãos formam o maior grupo religioso da Terra, com aproximadamente 31% dos 7,3 bilhões da população mundial. Os muçulmanos constituem o segundo maior grupo, com 1,8 bilhão de pessoas, ou 24% da população.
Na segunda metade deste século, os muçulmanos deverão ultrapassar os cristãos como o maior grupo religioso do mundo – serão aproximadamente 3 bilhões de fiéis, Pew Research Center.
Na Indonésia, 90% da população é muçulmana. E em países como Índia e Nigéria, é cada vez mais expressivo o crescimento do grupo. Na Nigéria, em 2050, 60% da população seguirá o Islã.
O aumento de muçulmanos não se deve somente ao número de pessoas que se convertem ao islã. A principal causa é atribuída à demografia – os muçulmanos têm mais filhos.
O crescimento da população muçulmana também é impulsionado pelo fato de que ela tem a média de idade mais jovem dos grupos religiosos – 24 anos.
Origens do islamismo
O islamismo surgiu no século VI na Arábia, região do Oriente Médio. Naquela época, a população era formada por tribos e clãs, muitas delas nômades. Não havia governo unificado e nem religião própria.
Eram comuns comunidades judaicas, cristãs e doutrinas antigas, vindas do Egito e Pérsia e que pregavam o politeísmo (crença em vários deuses).
O criador do islamismo é o profeta Maomé, chamado de Muhammad pelos muçulmanos. Por viajar muito, ele teve contato direto com a religião cristã, da qual ele era simpatizante.
As revelações de Alá determinam que os seres humanos se tratassem com justiça, igualdade e compaixão. A doutrina assimilava tradições judaicas, cristãs e ideais das tribos árabes. Tanto que para os muçulmanos, Jesus não é o filho de Deus, mas um grande profeta.
Admirador do monoteísmo – a crença em um só deus – Maomé passou a pregar a crença num único deus, Alá, e reuniu suas mensagens num livro sagrado para os muçulmanos, o Corão.