O atendimento é feito sempre às sextas-feiras a partir das 16h, no Centro de Saúde nº 13, na 115 Norte.
Uma ponte entre o científico e o sagrado: é o que procura cada um que vai em busca das benzedeiras. Os atendimentos envolvem muito mais que oração. Eles têm uma certa cumplicidade.
O local de atendimento é simples: embaixo das copas das árvores. O ambiente é quase místico.
O cheiro exala e se confunde no ar: alecrim, arruda, erva cidreira: todas em uma cesta, disponíveis para a benção.
E quem acredita no poder da reza, garante que realmente cura, é o caso de Hosane de Siqueira, que tem histórias pra contar.
Muito da crença nas benzedeiras está ligado a uma memória afetiva: em um tempo em que o acesso aos médicos era muito difícil.
E como parte da tradição de um povo, o ofício de benzer era passado de mãe para filha.
Dalquires Reis é um desses casos. Benzedeira há mais de 30 anos e desde então, tem rezado por pessoas.
Para cada mazela, um tipo de reza, se o problema é espinhela caída, quebranto, olho gordo, carne quebrada, osso rangido, nervo torto e veia magoada.
Até se o problema é tristeza, as bezendeiras tem uma oração.
Quem tiver interesse, pode ir ao posto de saúde, às sextas-feiras a partir das 16h. Os atendimentos acontecem de 15 em 15 dias.
Com informações da EBC – Anna Luisa Praser