Nesta semana, o presidente da República Michel Temer completou um ano de governo com avanços no setor econômico que contribuíram para a retomada do crescimento e da confiança dos investidores no País. A definição de um teto para os gastos públicos e os projetos de reformas trabalhista e previdenciária corroboram com esse cenário.
Em entrevista à revista Exame, economistas avaliaram as mudanças pelas quais passou o País neste último ano. Segundo o ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central Alexandre Schwartsman as medidas adotadas pelo governo foram positivas para “colocar o País em ordem”.
“Para minha surpresa, a atual administração [Temer] avançou em áreas que governos patinaram. Falta muito ainda, mas, comparado à paralisia do governo anterior e às baixas expectativas em seu começo, a administração Temer deu passos importantes para colocar o país em ordem. Cabe agora à população dizer se quer se manter neste caminho, ou buscar algo diferente”, ponderou.
Já o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, avaliou que a política econômica do governo conseguiu reorganizar boa parte dos problemas do setor, com a adoção de medidas como a lei do Pré-Sal, a reforma do ensino médio e o salto de qualidade no Banco Central.
“Talvez o que fica claro de um ano de governo Temer é o quanto tempo se perdeu nos dez anos anteriores. Um presidente com baixa popularidade e assumindo naquelas condições conseguiu reorganizar boa parte do que havia sido negligenciado ou simplesmente desfeito. Não foi pouca coisa que se conseguiu em um ano e mostra as possibilidades para o país quando um presidente quer, de fato, fazer mudanças relevantes.”
E ressaltou: “Desde a regra do teto, passando pela lei do pré-sal, a reforma do ensino médio, a lei de infraestrutura e o salto de qualidade no Banco Central até os dois símbolos do que têm sido o esforço do governo em colocar o país nos trilhos: as reformas trabalhista e previdenciária.”
Valle também elogiou a atuação da equipe econômica: “A conjunção de excepcional equipe econômica com a vontade política de mudar vai trazer resultados positivos na economia nos próximos anos. Assim como o ‘milagre’ dos anos 70 e o crescimento dos anos 2000 tiveram muito das reformas estruturais que foram feitas nos anos anteriores, estão sendo criadas as bases para novo ciclo positivo à frente e com mudanças microeconômicas que ainda devem vir com a entrada de reforços nessa área na equipe econômica”, afirmou o economista.
Para o chefe de pesquisa econômica do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, a realidade econômica atual é diversa daquela de um ano atrás. Ramos considerou a aprovação de reformas estruturais essenciais para consolidar os avanços dos últimos 12 meses.
“A realidade macroeconômica é hoje radicalmente diferente daquela que Temer herdou um ano atrás. Muito foi feito! Mas a batalha não está ganha. Muito mais necessita ser feito, por este e pelo próximo governo, na área fiscal e na formulação e aprovação de reformas estruturais, para consolidar e aprofundar alguns dos avanços que se registraram nos últimos 12 meses, e para elevar o ainda limitado potencial de crescimento. A economia mostra hoje os primeiros sinais de estabilização depois de uma depressão histórica, fruto dos desequilíbrios macroeconômicos e distorções microeconômicas de um longo experimento populista/intervencionista”, disse.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Revista Exame.