A Intensicare recebeu R$ 200,29 milhões de forma irregular, sem licitação e sem contrato, desde 2011 – quando passou a prestar serviço emergencial para o GDF, de acordo com o promotor de Defesa da Saúde Jairo Bisol.
* Então desde 2011 o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) nada fez para estancar a sangria no erário público?
O MP aponta que a secretaria de Saúde chegou a pagar por atendimentos em UTIs que não estavam em funcionamento. Só em outubro deste ano, dos 61 leitos de UTI adulto no Hospital de Santa Maria, 18 estavam bloqueados.
*Quem serão ou já foram responsabilizados ou no MP também tudo acaba em pizza?
O GDF pagou por cem leitos de UTI quando, desse total, 2 estavam bloqueados na unidade neonatal e 18 não estavam em funcionamento na área destinada a adultos.
*O contrato não possuía executores?
A Intensicare é uma das empresas beneficiadas pela emenda da Câmara Legislativa que liberou recursos para seis empresas supostamente em troca de pagamento de propina – a situação é investigada na Operação Drácon e na CPI da Saúde. Além disso, a Intensicare é alvo de dez ações no Tribunal de Contas do DF.
Procurada a Secretaria de Estado de Saúde não quis falar sobre o assunto.