O Distrito Federal é a unidade da federação que mais gastou com pessoal em 2015 quando se compara os valores com o tamanho da população.
É como se cada morador do DF tivesse desembolsado [R$ 3.719,52 reais] para custear os salários dos servidores. O dado só leva em conta os 139,2 mil servidores ativos do GDF, sem considerar os 54,8 mil inativos e 20,2 mil pensionistas. O número também desconsidera o impacto da inflação, afirma a secretária de Planejamento, Leany Lemos.
Na ironia do caos da situação das contas públicas, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT), responsável por conceder o reajuste ao funcionalismo público do Distrito Federal, em sua gestão, na qualidade de médico da Secretaria de Estado de Saúde, também espera pelo aumento negado por Rollemberg.
Eu não vou quebrar Brasília, não vou ficar conhecido como o governador que quebrou Brasília. Quero ser conhecido como o governador que equilibrou as contas da cidade. Para que possamos melhorar a qualidade dos serviços de educação, mobilidade e segurança”, afirmou Rollemberg em entrevista à imprensa, no Palácio do Buriti este ano.
O limite prudencial da LRF determina que, no máximo, 46,55% do orçamento anual do governo devem ser usados para o pagamento de salários. O GDF diz que já comprometeu 47,49% do orçamento deste ano e projeta que, se realizar o reajuste às 32 categorias, alcançaria 49,37% no próximo ano.
…Qual a prioridade de quem se propõem a governar? Qual é a prioridade dele? É pagar salários ou fazer outra coisa? Me parece é fazer outra coisa. Eu pagaria tranquilamente os salários. Eu tenho certeza disso!…Eu contratei oito (08 mil) trabalhadores da área de educação, dezesseis (16 mil) para a área de saúde, quatro (04 mil) para área de segurança pública. disse Agnelo Queiroz por telefone.
Leia também: Servidores Públicos não deveriam ganhar mais do que dez salários mínimos, diz população do Distrito Federal
Segundo o professor e especialista em orçamento público, Carlos Alberto, o ex-governador realmente fez tudo isso, mas, com tamanha irresponsabilidade junto com os deputados distritais sem fazer a previsão orçamentária e indicação do aumento do custeio da máquina pública.
O governador Rollemberg terá que escolher, ou atende aos servidores públicos das (32) categorias dando-lhes os reajustes, ou, foca em resolver as demandas sociais gritantes dos brasilienses.
Por Eduarda Martins que passa a escrever ao site