O Fundamentalismo Religioso está presente em todas as religiões, durante todas as épocas da primavera da humildade. Os Fundamentalistas são os mais conservadores e literais seguidores de uma religião, chegando, por vezes, a se desenvolverem militarmente.

Existem várias correntes fundamentalistas religiosas entre os adeptos do Judaísmo e Cristianismo e Islamismo, além de outras. Desde a época das Cruzadas, em que fundamentalistas cristãos desenvolveram grupos militares para recuperar as Terras Santas.

Filosofia

O Fundamentalista acredita em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo inter-religioso. Por este motivo, o fundamentalismo religioso se revela como fonte de intolerância, na qual o outro é analisado sob a ótica de ameaça, símbolo do mal, que pode fragilizar as “muralhas de verdade” construídas pelo fundamentalista em seu discurso.

Em muitos casos, o fundamentalismo religioso é um fenômeno moderno, caracterizado pelo senso de esvaziamento do meio cultural, até mesmo onde a cultura pode nominalmente ser influenciada pela religião dos partidários. O termo pode também se referir especificamente à crença ou convicção de que algum texto ou preceito religioso seja infalível e historicamente preciso ainda que contrários ao entendimento de estudiosos modernos.

Peter Duff escreveu no International Journal on World Peace:

“De acordo com Antoun, os fundamentalistas no Judaismo, Cristianismo, e Islamismo, a despeito de suas diferenças de doutrina e prática religiosas, estão unidos por uma visão comum do mundo que ancora toda a vida na autoridade do sagrado e num ”ethos” compartilhado que se expressa através da afronta ao compasso e extensão da secularização.

Entretanto, grupos que se auto-intitulam fundamentalistas ou que se descrevem nestas condições, frequentemente rejeitam o termo por causa das suas conotações negativas ou porque insinua semelhança entre eles e outros grupos cujos procedimentos acham censuráveis.

Isto ocorreu entre os fundamentalistas cristãos que foram os criadores do termo e o assumiram com exclusividade até sua redefinição popular pela mídia na década de 1980 quando reportagens jornalísticas começaram a descrever o Hezbollah e outras facções islâmicas como fundamentalistas, durante os conflitos do Líbano. A partir daí a conotação negativa ficou prevalecendo.

O uso do termo

Fundamentalistas Cristãos que geralmente consideram o termo positivo quando referente a eles próprios, freqüente e fortemente objetam em se colocar numa mesma e única categoria com os fundamentalistas islâmicos e os agrupam em outra categoria. E até mesmo os que aceitam o termo de fundamentalistas islâmicos objetam quando são amplamente rotulados junto com facções que usam seqüestro, assassinato, e atos terroristas para alcançar os seus fins.

Entretanto não há nenhuma objeção para o uso do termo fundamentalista quando usado descrever só grupos Cristãos, e também nenhuma objeções para o uso do termo fundamentalista muçulmano.

Muitos muçulmanos também protestam contra o uso do termo ao se referir grupos Islâmicos, porque o termo islâmico abrangeria todos os religiosos inerentes ao Corão, e os escritores ocidentais tem usado o termo só para se referir a grupos extremistas.

Além disso, a maioria dos grupos muçulmanos que também foram fortemente rotulados de fundamentalistas objeta ser colocada na mesma categoria com fundamentalistas Cristãos o que eles vêem como religiosamente incorreto, pois não vem distinção teológica entre cristãos fundamentalista e não fundamentalistas. Distintos grupos de fundamentalistas cristãos ou islâmicos não usam o termo fundamentalista para referirem-se a eles próprios ou reciprocamente.

O Livro de Estilos da Associated Press recomenda que o termo fundamentalista não seja usado para qualquer grupo que não aplica o termo a si mesmo. Isto incluiria grupos fundamentalistas cristãos mas excluiria grupos islâmicos, porém alguns redatores e editores de notícias ignoram esta recomendação.

Wikipédia, a enciclopédia livre da Internet – Fundamentalismo religioso
Jornalista Arnaldo Jabor.