Por Kleber Karpov
No sábado (2/Abr), a noite, uma paciente após aguardar atendimento, por mais de 12 horas, se enfureceu, agrediu uma enfermeira de plantão e “quebrou” a sala de triagem do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Na ocasião a médica informou que havia apenas dois médicos para fazer atendimento aos pacientes que deram entrada no Pronto Socorro (PS).
De acordo com uma média que preferiu não se identificar o tempo de espera levou a paciente, literalmente, ‘perder as estribeiras’ e agredir a enfermeira daquela unidade: “O PS do HMIB está numa situação extremamente difícil com pais esperando há mais de 12h devido estarmos com apenas dois médicos na porta do PS. Devido a esse caos houve agora uma agressão física de uma mãe na enfermeira do plantão e a mesma mãe quebrou a nossa sala de triagem: balança, porta, janela, oxímetro. Polícia foi acionada e já levou para a delegacia a mãe e a enfermeira. (SIC)”, disse.
A médica deixou claro a superlotação na unidade e pediu ajuda: “Estamos aguardando a perícia. Solicito compreensão e ajuda da rede para a porta de pediatria. Estamos aguardando a perícia. Solicito compreensão e ajuda da rede para a porta de pediatria.”, afirmou.
Espera de quatro horas
Política Distrital entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) confirmou a quantidade de atendimento no PS, explicou que a paciente foi classificada com a cor verde, que, segundo a SES-DF: “A servidora está afastada e recebe assistência psicológica devido ao lamentável episódio. Segundo o Protocolo de Manchester, adotado em toda a rede pública e até privada, os casos classificados como verde não são de emergência e, devido a isso, a espera no PS pode chegar até 4h, uma vez que os casos mais graves têm prioridade.”.
“A Superintendência da Região de Saúde-Centro Sul esclarece que três médicos estavam no plantão noturno no pronto-socorro da pediatria do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), no último sábado (02). Dois atendiam aos pacientes que chegavam e outro atendia aos pacientes internados.” De acordo com a superintendência, 90 pacientes estavam no local aguardando consulta e a mãe de um deles, classificado na cor verde, se exaltou ao completar uma hora de espera e teria agredido uma enfermeira.”.
Suporte
De acordo com a SES-DF, o caso está sendo apurado pela Polícia Civil. A mãe da criança e a servidora prestaram depoimento na 1º DP da Asa Sul e a servidora foi afastada e recebe assistência psicológica devido ao que chamou de “lamentável episódio”.
O Blog entrou em contato com a 1ª DP da Asa Sul para obter informações sobre possível indiciamento da paciente, porém, por meio de telefone a equipe de plantão informou que apenas a equipe que vai investigar o caso poderia conceder informações, porém, na segunda-feira (4/Abr).