A organização não governamental feminista Anis – pretende cobrar no STF o direito de escolha das mulheres e a responsabilidade do governo diante de uma epidemia que não esta sendo controlada.
A ONG, autora da ação que autorizou, via Supremo Tribunal Federal (STF), a interrupção da gestação de fetos anencéfalos, em 2012, pretende conseguir o mesmo, novamente pelo STF, para suspeitas de microcefalia.
O pedido de autorização de aborto não fará distinção entre diagnósticos de microcefalia com ou sem risco de morte.
A jovem Mariana de Bragança, de (29) anos, mãe de uma criança de (03) anos, com microcefalia, ouvida por este que escreve, no Hospital de Base de Brasília, diz ser a favor do direito ao abortamento dos microcefálicos.
“Me tiraram o direito de fazer o aborto e me impuseram, para o resto de minha vida, cuidar de uma planta em um corpo de gente” desaba Bragança.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) às mães de crianças com microcefalia, de um salário mínimo, anunciado pelo governo federal não trás esperanças para Mariana.
“Tenho comigo que fui acometida pelo vírus do zika, não há histórico familiar dessa doença nas mulheres de minha família. Sobre este benefício, não me iludo, uma criança com este problema requer um grande amparo de maior ordem social e econômica”, finaliza a jovem fisioterapeuta Marina.
O estado não tem conseguido promover o saneamento básico necessário a fim de se evitar ou mesmo minimizar os efeitos da presença do mosquito da dengue em nossa sociedade. A OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS) declarou a microcefalia como uma emergência de saúde pública de preocupações internacionais.