A situação é grave na saúde pública do Distrito Federal e isso não é segredo para não ninguém. Mas em números, o caos se tornas mais revelador e crítico. Apenas em 2015, os milhares de brasilienses perderam 62 mil horas de atendimentos nos hospitais e postos. Esses são dados que o secretário Fábio Gondim compilou em três meses de trabalho à frente da Pasta.
Há um motivador para isso. “Só em 2015 nós já perdemos três mil servidores com 20 horas. São 62 mil hora de trabalhos perdidos”, detalha Gondim em entrevista concedida ao Guardian DF. E como a Lei de Responsabilidade Fiscal já encostou o governo contra a parede, logo no início do ano, pouco se fez na gestão de Rodrigo Rollemberg.
A Secretaria garante que está trabalhando para repor essas horas perdidas. Há inclusive, um acordo com a Governança, da PAsta ter autonomia para esta reposição.
Uma moradora da Estrutural viveu essa situação no final de semana. Juliana Pereira Santos percorreu alguns hospitais para saber que estava com infecção urinária. Neste domingo, pela manhã, ela ligou para o hospital do Guará e foi informada que não havia atendimento da Clínica Médica.
O posto médico da cidade onde Juliana mora é fechado aos finais de semana e feriados. A única alternativa que achou viável foi ir ao Hospital de Base. Lá, como o atendimento é apenas para casos a partir de grave, foi orientada a ir ao HRAN. No entanto, chegando à Asa Norte encontrou o local vazio. Não pelo atendimento rápido, mas pela falta de médicos. No final das contas, a paciente teve que ser atendida no Base.
Fonte: Guardian DF