Secretaria assume ‘retardo’ no atendimento e investiga circunstâncias. Com hipertensão, mãe tinha laudo médico pedindo a cesárea.
Do G1 DF
A Secretaria de Saúde reconheceu que houve “retardo” no atendimento e abriu investigação para apurar todas as circunstâncias que culminaram com a morte de uma recém-nascida de dois dias nesta segunda-feira (9), depois de a mãe passar oito dias tentando ser internada na rede pública do Distrito Federal. O chefe da pasta, João Batista de Sousa, determinou a abertura de uma sindicância para investigar o caso. Um laudo médico informava que a gravidez era de risco e que a mulher de 30 anos precisava passar por uma cesárea. Clarice Vitória dos Santos sofreu complicações pós-parto.
A Secretaria de Saúde reconheceu que houve “retardo” no atendimento e abriu investigação para apurar todas as circunstâncias que culminaram com a morte de uma recém-nascida de dois dias nesta segunda-feira (9), depois de a mãe passar oito dias tentando ser internada na rede pública do Distrito Federal. O chefe da pasta, João Batista de Sousa, determinou a abertura de uma sindicância para investigar o caso. Um laudo médico informava que a gravidez era de risco e que a mulher de 30 anos precisava passar por uma cesárea. Clarice Vitória dos Santos sofreu complicações pós-parto.
A coordenadora-geral diz que a bebê nasceu sem complicações, chorou e estava estável. A avó da criança afirma o contrário, conta que esteve com ela logo depois do nascimento e que se assustou com a fisionomia da neta.
“[Havia] Marcas no braço, ela não mexia, estava roxa. Eu perguntava: ‘o que foi feito com a minha netinha, por que ela está assim?’” diz Maria das Graças dos Santos.
Com complicações e em estado grave, a bebê precisou de UTI neonatal. O hospital de Samambaia não possui unidades do tipo, e Clarice aguardou 48 horas por uma vaga. Ela foi transferida pelo Samu para Taguatinga, onde morreu. O relatório da equipe apontou que ela nasceu com o coração dilatado.
O subsecretário de Atenção à Saúde, José Tadeu Palmieri, disse que a pasta apura os detalhes. “Acho que as imagens dizem tudo. […] A gente lamenta esse ocorrido, somos solidários com a família.”
O site
Se não temos obstetras, pediatras e muito menos neonatologistas na rede pública de saúde do Distrito Federal, seria de extrema humanização a criação de mais Casas de Partos no DF. Hoje, a rede pública conta apenas com (1) uma na cidade de São Sebastião.