Prevenir, testar e tratar. Este é o objetivo da campanha lançada hoje, 1º de dezembro, pelo Ministério da Saúde, no Dia Mundial de Luta contra a Aids. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids 2014, 734 mil pessoas vivem com HIV e aids hoje no país. Deste total, cerca de 150 mil desconhecem seu diagnóstico. Por isso, #PartiuTeste!
A epidemia no Brasil apresenta taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa aproximadamente 39 mil novos casos de aids ao ano.
O jovem deve se preocupar em prevenir-se contra o vírus da aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar o tratamento, reforçando o conceito de prevenção combinada “camisinha + teste + medicamento”.
Diego Callisto, 25 anos, membro da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/ Aids, do Pacto Global para o pós-2015, e do Fórum Consultivo de Juventude do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), foi diagnosticado com a doença aos 18 anos após seu parceiro, já em estágio avançado, ter tido conhecimento de sua sorologia. “Eu comecei com a terapia antirretroviral, desde então, são sete anos de medicação. Eu sempre busquei tratar de forma propositiva o meu tratamento e não pensando como se minha vida tivesse acabado e que meus planos não fossem existir mais. Pelo contrário, eu segui com meu projeto de vida e dei seguimento aos meus planos”, conta.
O Brasil chega este ano com 29% a mais de pessoas em tratamento com antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em comparação com 2013. Ainda de acordo com Boletim Epidemiológico de HIV e Aids, no total, são quase 400 mil pessoas em terapia com estes medicamentos.
“A importância de fazer o teste e saber seu estado sorológico é fundamental para até quem tem uma relação estável como eu tinha possa saber como está. Se você tem HIV e se você está bem e, acima de tudo, que você deve fazer o uso da camisinha corretamente, porque às vezes a pessoa tem HIV e não sabe. Ela fica sabendo só no momento do teste ou, muito pior, apenas quando adoece, que foi o caso do meu namorado, que acabou vindo a óbito. Eu tive a oportunidade de saber através dele, mas eu já estava com indicadores ruins também. Eu poderia ter ficado doente, poderia ter tido alguma doença oportunista, simplesmente porque eu nunca tinha feito o teste de HIV”, afirma.
O Ministério da Saúde pretende cumprir, até 2020, a meta estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e pela Organização Mundial da Saúde, conhecida como 90-90-90. O objetivo é testar 90% da população brasileira e, das pessoas que apresentarem resultado positivo, tratar 90%. Como resultado, conseguir que 90% das pessoas tratadas apresentem carga viral indetectável.
O teste para o HIV pode ser feito de forma gratuita nas unidades de saúde do SUS. O resultado é rápido e sigiloso. Procure um Centro de Testagem Anônima e informe-se pelo Disque-Saúde: 0800-61-1997.
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Fonte: Bia Magalhães / Blog da Saúde