Ebola é uma doença causada por um vírus cujos sintomas iniciais incluem febre, fraqueza extrema, dores musculares e dor de garganta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). À medida que a doença avança, o paciente pode sofrer de vômitos, diarreias e – em alguns casos – hemorragia interna e externa.
Humanos contraem a doença por meio do contato com animais – como chimpanzés, morcegos e antílopes – contaminados.
Entre humanos, o vírus pode se espalhar por meio do contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou órgãos do doente, ou mesmo por meio do contato com ambientes contaminados. Até funerais de vítimas de ebola podem representar risco, se outras pessoas tiverem contato direto com o corpo do defunto.
O período de incubação pode demorar de dois dias a três semanas, e o diagnóstico é difícil. Em humanos, a doença está limitada majoritariamente à África, embora um caso tenha ocorrido nas Filipinas.
Agentes de saúde pública também correm risco caso tratem pacientes sem tomar as precauções adequadas para prevenir a contaminação.
As pessoas permanecem contaminadas enquanto seu sangue e suas secreções contiverem o vírus – em alguns casos, até sete semanas depois da recuperação.
Evitar sexo e beijo ajuda prevenir a transmissão do ebola?
Segundo a OMS, evitar o contato com pacientes de ebola e seus fluidos corpóreos. Não tocar nada em ambientes públicos que possa carregar o vírus – por exemplo, toalhas de mão.
Quem estiver cuidando de pacientes de ebola precisa usar equipamento de proteção, como luvas e máscaras, e lavar bem as mãos regularmente.
Populações em áreas rurais estão sendo aconselhadas pela OMS a não consumir carnes cruas de animais selvagens e manter a distância de morcegos, macacos e primatas. Alguns tipos de morcegos são considerados iguarias na Guiné, onde o surto teve início.
Em março, o Ministério da Saúde da Libéria aconselhou as pessoas a evitar sexo; o vírus pode ser transmitido pelo sêmen, mesmo até sete semanas depois da eventual recuperação de um paciente, observa a OMS. As recomendações já eram de evitar apertos de mão e beijos.
O que fazer quando se contrai o vírus?
Manter-se em isolamento e procurar ajuda médica profissional. A chance de sobrevivência aumenta se o paciente começar a receber tratamento imediatamente.
Não existe vacina para o vírus, embora algumas, assim como tratamentos clínicos, estejam em testes.
Como os pacientes ficam desidratados rapidamente, a recomendação é beber líquidos que contenham eletrólitos ou receber fluídos por via intravenosa.
Segundo os Médicos Sem Fronteiras, o atual surto é causado pela variedade mais agressiva do ebola, matando entre 50% e 60% das pessoas que infecta.
Não se sabe que fatores determinam que alguns pacientes se recuperem e outros sucumbam.