Obstrução liderada pelo PT esvaziou a sessão
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, propôs a votação do projeto no dia 5 de novembro, mas os líderes não fecharam acordo.
Depois de frustrada a tentativa de acordo para adiar a votação do piso salarial dos agentes comunitários de saúde (PL 7495/06) para novembro, o PT iniciou várias manobras regimentais para adiar a votação na noite de hoje e teve apoio de outros partidos da base.
O governo federal não quer arcar com os custos do aumento salarial. “Alguém vai ter de pagar por isso, e precisamos chegar a um acordo”, ponderou o deputado Sibá Machado (PT-AC). O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), adiantou que o governo vai vetar a proposta se houver aumento de gastos da União.
O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), disse que o Plenário optou pela “solução da hipocrisia”. “O projeto vai ser aprovado e certamente será vetado. Aqui estamos fazendo um palco eleitoral”, disse.
O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) defendeu a votação da proposta na noite de hoje. Segundo ele, se não houve acordo desde o final de setembro, dar mais alguns dias não vai garantir o consenso.