Tratamento da fibrilação atrial aguda no pós operatório
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O objetivo aqui é a reversão a ritmo sinusal em no máximo 24h
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Se instabilidade clínica, proceder CVE sincronizada com 150J (bifásico) seguida de manutenção de amiodarona 150mg – 6 ampolas + SG 5% 240ml IV 12ml/h em 24h
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Se estabilidade clínica , será tentada cardioversão química inicialmente com amiodarona 300mg + SG5 % 100ml IV em 20 minutos em bolus seguido de manutenção de amiodarona 150mg – 6 ampolas + SG 5% 240ml IV 12ml/h em 24h
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Após inicio de amiodarona, será feita observação por até 24 horas. Caso não ocorra reversão a ritmo sinusal, proceder CVE sincronizada com 150J bifásico, após jejum de 6 horas.
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Após 24h de infusão de amiodarona IV, modificar amiodarona para 200 mg VO 8/8h
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Atenção para distúrbios hidro-eletrolíticos: manter K > 4,0 meq/ L e Mg > 2,0 meq/dL
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As drogas de escolha para sedação/ analgesia antes da CVE serão propofol 1-2mg/Kg.
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Usar as menores doses possíveis em pacientes idosos, hipovolêmicos e com disfunção ventricular
Objetivos hemodinâmicos no pós operatório
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Frequência cardíaca: 60 – 100 bpm
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Pressão arterial média (MAP): 70 – 90 mmHg
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Pressão arterial sistólica (SBP): 100 – 140 mmHg
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Pressão de átrio direito (PVC): 5 – 15 mmHg
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Pressão de oclusão da artéria pulmon ar (PCP): 10 – 15 mmHg
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Índice cardíaco: (IC): 2.2 – 4.4 L/min/M2
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Resistência vascular sistêmica (SVR): 1400 – 2800 dyn-s-cm5
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DO2 I > 600 ml/ min/m2
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VO2I > 120 – 160 ml/min/m2
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SvcO2 > 60%
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Lactato arterial < 18 mg/ dL
Reposição volêmica no pós operatório
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Será feita com Ringer simples se K < 5,0 meq/L ou com SF 0,9% se K > 5,0 meq/L
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Deverá ser guiada com objetivo de manter parâmetros micro-hemodinâmicos dentro de níveis normais ( Lactato arterial < 18mg/dL, Bicarbonato arterial 22 – 26 meq/L, BE: -2 a + 2, SVcO2 > 60%)
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Em pacientes em ventilação mecânica controlada, sem esforço inspiratório, com volume corrente de 8 ml/kg, utilizar a variação de pressão de pulso (delta PP) como indicador de resposta a volume, se > 13%.
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Em pacientes em ventilação espontânea, utilizar a variação respiratória da PVC (delta PVC) como indicador de resposta a volume, se > 1 mmHg.
Hipotensão no Pós Operatório / Síndrome Vasoplégica
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Após reposição volêmica adequada, a droga de escolha será a Noradrenalina em diluição padrão da UTI (Noradrenalina 4mg – 4 ampolas + SF0,9% 234 ml), titulada a critério clínico.
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Em pacientes que necessitem de doses de noradrenalina maiores que 0,5 mcg/kg/min, associar vasopressina ( Vasopressina 20 u – 1 ampola + SF 0,9% 100ml ) em doses de 0,02 a 0,04u/min. Não ultrapassar a dose de 0,04u/min
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Em pacientes com dependência de vasopressores, com necessidade de noradrenalina com doses > 0,5 mcg/kg/min por mais de 12h, associada a alteração dos marcadores de perfusão tecidual ( lactato > 21 mg/dL, bicarbonato de sódio < 18 mmol/L), deverá ser iniciado hidrocortisona 100 mg IV de 8/8h para tratamento da síndrome vasoplégica, desde que excluído o componente cardiogênico como causa do choque. A hidrocortisona deverá ser mantida até 24h após a suspensão completa do uso de vasopressores.
Síndrome de Baixo Débito Cardíaco no Pós Operatório
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Caracterizar, do ponto de vista clínico e hemodinâmico e afastar/ corrigir fatores desencadeantes (hipovolemia, isquemia, tamponamento, etc)
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Definida a síndrome como secundária a disfunção ventricular prévia, associada ou não a “atordoamento” miocárdico pós operatório, as drogas de escolha serão dobutamina 250mg/20ml + SF 0,9% 80 ml (iniciar com 5 mcg/Kg/min) associada a nitroprussiato de sódio ( iniciar com 0,3 mcg/Kg/min) se PA que permita.
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Em casos associados a hipertensão arterial pulmonar (PSAP > 50 mmHg), milrinone (10mg/10ml – 2 ampolas + SF 0,9% 80ml) poderá ser iniciado ( 0,35 mcg/kg/min), mantendo-se a atenção aos níveis pressóricos.
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Considerar a instalação de balão intra-aórtico nos casos que não respondam a reposição volêmica e ajuste de inotrópicos.
Hipertensão no Pós Operatório
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A droga de escolha para a HAS no pós operatório será o nitroprussiato de sódio, na diluição nitroprussiato de sódio 50mg 1 ampola + SG 5% 250 ml IV em BIC, em dose titulada a critério clínico.
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Tão logo seja possível a utilização da via oral, será iniciado captopril (meia vida mais curta) em dose titulada a critério clínico, com intuito de retirada posterior do nitroprussiato.
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Em pacientes que já faziam uso de anti-hipertensivos, retornar as medicações em uso prévio, se não houver contra-indicações.
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Na falência de controle da PA com captopril dose máxima (50mg 8/8h), iniciar Anlodipina 5 – 10mg, titular dose de metoprolol ou associar clonidina, observando-se as contra-indicações de cada uma dessas drogas. O objetivo aqui é o controle da PA com retirada precoce de nitroprussiato, com intuito de não prolongar a internação na UTI.
Síndrome Vasoplégica no Pós Operatório de Cirurgia Cardíaca
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Definição: Choque distributivo no pós operatório tendo como características os seguintes sinais: taquicardia, hipotensão (PAM < 50 mmHg) com necessidade de aumento progressivo de vasopressores, hiperlactatemia, acidose metabólica, oligúria. A monitorização hemodinâmica revela índice cardíaco normal ou elevado (»2,5 L/min/m2 ) e resistência vascular sistêmica baixa ( < 800 dyn/s/cm5)
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Tratamento: Otimização volêmica, suporte com noradrenalina. Iniciar vasopressina até 0,04u/min se noradrenalina > 0,5 mcg/kg/min. Associação de dobutamina se microhemodinâmica não ajustada após reposição volêmica adequada (SvcO2 baixa, lactato aumentado, acidose metabólica).
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Iniciar hidrocortisona 100mg IV 8/8h.
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Em pacientes que evoluam com febre e leucocitose, realizar coleta de hemoculturas, urocultura e aspirado traqueal e considerar inicio de antibióticoterapia de amplo espectro (teicoplanina e meronepem)
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Em casos excepcionais, sem resposta as medidas iniciais, com piora hemodinâmica progressiva, considerar o uso de azul de metileno 1,5 mg/Kg em infusão de 30 minutos ( Contra-indicado se insuficiência renal). Azul de metileno 2% – Ampola de 5 ml – 1 ampola (100mg) + SF 0,9% 250 ml IV em BIC em 30 minutos.
Sangramento Pós Operatório
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Definição: Sangramento > 3 ml/ Kg/ h nas primeiras 3 horas Sangramento > 1,5 ml/Kg/h após a 3ª hora de pós operatório
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Conduta: Coleta de Coagulograma completo ( TP, TTPA, Plaquetas, Fibrinogênio)
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Distúrbios da Via intrínseca : Alteração do TTPa ( relação > 1,8): Conduta: Protamina 50mg (5ml ) + AD 5ml IV lento ( pode ser repetida 2 vezes). Se não houver melhora com protamina, transfundir plasma fresco 10ml/Kg ( 1 unidade ~ 200ml ) ou complexo protrombinico 500-1000ui – consultar tabela própria.
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Defeitos da Via extrínseca: Alteração de TP e INR ( > 1,8): Plasma fresco 10ml/Kg ou complexo protrombínico 500-1000ui – consultar tabela própria.
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Plaquetas:
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> 100.000u/mm3 não transfundir
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20.000 – 100.000: transfundir somente se sangramento aumentado ou necessidade de procedimentos invasivos, incluindo retirada de drenos e cateteres venosos centrais em veia subclávia.
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< 20.000: transfundir sempre
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Hipofibrinogenemia ( nível sérico < 100mg/dL): Administar crioprecipitado (1u/ 10kg)
Processo fibrinolítico exacerbado
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Conceito: Sangramento aumentado, sem causa evidente, sem alterações no perfil de coagulação
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Tratamento: Àcido tranexâmico 3 mg/kg/h por 6 horas. Ácido tranexâmico 250mg – 10 ampolas + SF 0,9% 250 ml IV em BIC por 6 horas
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Considerar o uso de DDAVP em casos com suspeita de disfunção plaquetária (IRC)
Indicação de reexploração cirúrgica por sangramento aumentado no pós operatório
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Sangramento por hora (ml)
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Número de horas
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> 200
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4
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> 300
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3
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> 400
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2
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> 500
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1
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Controle glicêmico no pós operatório
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O objetivo aqui será manter a normoglicemia, evitando-se os riscos de hipoglicemia ( Glicemias entre 100 – 180 mg/dL).
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As glicemias capilares serão feitas de 2/2 h nas primeiras 24 horas de permanência na UTI e protocolo específico de insulinoterapia IV contínua será iniciado se glicemias > 180 mg/dL. A partir do 1º PO, poderão ser realizadas glicemias capilares de 4/4h, corrigidas com insulina subcutânea.
Uso de anticoagulantes em pacientes submetidos a implante de prótese valvar mecânica ou portadores de fibrilação atrial
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No 1ºPO, será iniciado enoxaparina 1 mg/Kg 1x por dia, as 22h,
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No 2º PO, após retirada dos drenos, será modificada para enoxaparina 1mg/kg 12/12h
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Nos pacientes com insuficiência renal com Cl de creatinina < 30 ml/min, a dose será ajustada para 1 mg/kg/dia.
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No momento da alta, após a retirada dos drenos, acesso venoso central e pressão arterial invasiva, será iniciado Varfarin 5mg
Uso de antiagregantes plaquetários em pacientes submetidos a implante de próteses valvares
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Em pacientes submetidos a plastia valvar mitral e/ou aórtica, não utilizar nenhum tipo de antiagregante plaquetário.
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Em pacientes submetidos a troca valvar mitral e/ou aórtica, por próteses biológicas, iniciar o uso de ácido acetilsalicílico(AAS) 100mg/dia, no 1º PO.
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Em pacientes submetidos a troca valvar mitral e/ou aórtica, por próteses mecânicas, iniciar o uso de ácido acetilsalicílico(AAS) 100mg/dia, no 1º PO, associadas ao uso de enoxaparina, devendo ser mantido a associação de AAS e Varfarin.
Rotina de coleta de exames laboratoriais
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À admissão e diariamente (exames realizados as 23h) até a alta : Hemograma, glicemia, uréia, creatinina, sódio, potássio, cálcio iônico, magnésio, gasometria arterial, gasometria venosa central, lactato arterial, TTPa, TP com RNI, fibrinogênio, CPK, CK –MB massa, ECG e Rx de tórax
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Gasometrias arteriais e venosas devem ser solicitadas devem ser realizadas em três horários (manhã, tarde e noite) em pacientes ainda em uso de drogas vasoativas com e/ou com alteração nos parâmetros macro e/ou micro-hemodinâmicos ( lactato elevado, acidose metabólica, SVcO2 baixa).
Alta da UTI
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A alta da UTI ocorrerá no 2o dia pós operatório, nos casos com boa evolução clínica,
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No 2o dia pós operatório, nestes casos, serão retirados drenos mediastinais e pleurais, sonda vesical de demora e cateter de pressão arterial invasiva
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Nos pacientes com acesso venoso periférico, será retirado o cateter venoso central. Na impossibilidade de acesso venoso periférico, será mantido o acesso venoso central salinizado para infusão de medicações.
Definição – Tornar de conhecimento da assistência um conjunto de condutas padronizadas para manejo do paciente no pós operatório de cirurgia cardíaca.
Indicação e Contra-Indicação – Indicado em todos os pacientes no pós operatório de cirurgia cardíaca.
Objetivos – Reduzir a morbi-mortalidade de pacientes no pós operatório de cirurgia cardíaca.
Passos do Processo
1. Dieta
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Dieta liquida de prova ajustada para comorbidades se extubação realizada há mais de 6h, com estabilidade respiratória e hemodinâmica
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Progressão de dieta para dieta branda, ajustada para comorbidades, se tolerância a dieta liquida de prova
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Profilaxia de úlcera gástrica / duodenal
a. Ranitidina 50mg IV de 8/8h para todos os pacientes enquanto em ventilação mecânica e com uso de drogas vasoativas.
b. Ranitidina 150mg VO de 12/12h assim que paciente extubado e estável do ponto de vista hemodinâmico. Os pacientes em condição de alta da UTI Cirúrgica deverão receber alta em uso de Ranitidina
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Analgesia / Antieméticos
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Será feita no POi e no 1º PO com Dipirona 1g IV 6/6h em horário fixo
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Analgesia suplementar será feita com Morfina IV em doses crescentes (2 mg / 4 mg )
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No 2º PO será modificada dipirona para “ se necessário”
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Escalas de dor serão utilizadas pela enfermagem para orientar o médico quanto à necessidade de analgesia suplementar e conforto do paciente.
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Lembrar que aqui a prioridade é o CONFORTO DO PACIENTE
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Todos os pacientes receberão Metoclopramida 10mg IV “se necessário” como antiemético até de 8/8 horas;
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Agitação no Pós Operatório
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A droga de escolha será o Haloperidol em doses crescentes (5 mg/ 10mg / 15 mg / 40mg ) associado ou não ao uso de morfina para analgesia.
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No caso de quadro clínico que justifique sedação contínua, esta será feita com Dexmedetomidina, com diluição padrão da UTI ( 1 ampola de 2ml/200mcg + SF 0,9% 48 ml) e em doses de 0,2 a 0,7 mcg/kg/h, com objetivo Escala de Ramsay 3-4 / Escala de SAS 3- 4. O objetivo aqui, exceto se condição clínica específica ( SARA, ventilação mecânica agressiva) é o paciente CALMO, CONFORTÁVEL, COLABORATIVO. (CCC) Nestes casos será feita interrupção diária de sedação de acordo com protocolo específico
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Se houver necessidade de sedação contínua, com SAS 1, devido a condições hemodinâmicas ou respiratórias que a justifiquem, esta será feita com Midazolam (50mg/ ampola – 2 ampolas + SF 0,9% 100 ml ) e Fentanil ( 50mcg/ml – 5 ampolas + SF 0,9% 200 ml ) com objetivo de sedação profunda devido a condição clínica instável.
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Extubação
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Objetivo: “ Fast track extubation”
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Parâmetros iniciais de ventilação mecânica definidos em protocolo com a equipe de fisioterapia.
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Admitir o paciente em VM com volume controlado, VC 8ml/kg, Peep 8, FiO2 60%, FR 12 irpm. Em pacientes com índice de massa corporal ≥ 25, o modo ventilatório será pressão controlada, com pressão inspiratória para manter VC 8 ml/kg, Peep 10, FiO2 60%, FR 14 irpm.
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Modificar o modo ventilatório para pressão de suporte, assim que paciente desperto, com pressão de suporte para manter VC 8 ml/kg, com redução progressiva da PS, até de que Peep de 8, pressão de suporte de 7 e FiO2 40%.
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Extubação no POi assim que paciente desperto, calmo, confortável e colaborativo (CCC), estável do ponto de vista respiratório e hemodinâmico. Se condições estáveis, NÃO RETARDAR A EXTUBAÇÃO.
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Extubar os pacientes lactato arterial em queda e com bicarbonato arterial > 15 mmol/L.
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Profilaxia de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica / Pneumonia Nosocomial
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Verificar a pressão do balonete do tubo traqueal duas vezes ao dia (com o “cuffômetro”) e documentar na evolução da fisioterapia. O valor deverá estar entre 20cmH20 e 25 H20;
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Manter o paciente com cabeceira elevada a 30 – 45°, salvo se contra-indicação absoluta (ECMO), notadamente durante o banho e infusão de dieta entereal
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Garantir a elevação da cabeceira (30 a 45°) durante a administração da dieta. Verificar se a velocidade de infusão está de acordo com a prescrição médica e com o rótulo no recipiente da dieta. Interromper a administração da dieta 30 minutos antes do banho.
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Realizar inspeção da cavidade oral antes e após a higiene (enfermagem);
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Proceder com higiene oral com dois profissionais, sendo um, preferencialmente, fisioterapeuta para mobilizar o tubo à medida que o outro faz a limpeza;
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Realizar o procedimento duas vezes ao dia, incluindo a escovação dentária (quando dentados), a escovação da língua e embrocação de toda mucosa oral com clorexidina a 0,12%, preferencialmente, e Cepacol se aquela estiver em falta;
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Seguindo protocolo institucional, proceder com verificação diária do nível de consciência do paciente menos grave, por meio da interrupção da sedação contínua, como forma de, em conjunto com a fisioterapia, evoluir com o desmame da VM;
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Antibióticoprofilaxia ( ver anexo 1)
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Será feita na UTI com cefazolina 20mg/Kg (max 1g) IV de 8/8h, sendo realizadas 3 doses na UTI
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Em casos de hipersensibilidade aos beta-lactâmicos, a primeira alternativa será clindamicina 5mg/kg ( max 600mg) IV de 6/6h, sendo realizadas 3 doses na UTI. A segunda alternativa será com vancomicina 15mg/kg ( max 1g) de 12/12h, sendo realizadas 2 doses na UTI. Em pacientes colonizados ou infectados por MRSA, está também indicado o uso de vancomicina;
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Em pacientes após transplante cardíaco, será utilizada cefuroxima 50mg/kg ( max 750mg) IV de 6/6h por 48 horas
Pacientes em ECMO deverão utilizar vancomicina 15mg/kg ( max 1g) de 12/12h associado a cefepime 150mg/kg (max 2g) de 8/8h até 48 horas após a retirada de ECMO.
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Prevenção de arritmias e fibrilação atrial (FA)
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Idealmente os pacientes já deverão ser encaminhados ao procedimento cirúrgico em uso de beta-bloqueadores, no intuito de prevenção de taquiarritmias no pós operatório. Os pacientes que forem considerados de alto risco para o desenvolvimento de FA deverão fazer uso prévio de amiodarona, conforme protocolo do pré operatório.
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Em pacientes em uso prévio de amiodarona ou com indicação de uso devido ao alto risco de desenvolvimento de FA, deverá ser utilizada Amiodarona 150mg – 6 ampolas + SG 5% 240 ml: 12 ml/h, por 24 horas, no POi. No 1º PO, a amiodarona será modificada para 200mg VO de 8/8h, que será mantida até a alta da UTI
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Inicio de beta-bloqueadores em todos os pacientes em uso prévio dos mesmos. Em pacientes sem contra-indicação deverá ser iniciado beta-bloqueador no 1º PO, para prevenção de taquiarritmias.
Suspensão da amiodarona e/ou beta-bloqueadores se FC < 60 bpm e/ou BAV 2º e 3º graus.
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Profilaxia de eventos isquêmicos no PO de Revascularização Miocárdica
a. Será iniciado ácido acetilsalicílico(AAS), salvo contra-indicações ( sangramento digestivo, sangramento pós operatório aumentado, alergia a AAS), 200mg, 12h após a admissão na UTI.
b. Todos os pacientes que tenham recebido enxertos de artéria radial devem receber a partir do 1º PO, diltiazem 30mg 8/8h VO, salvo contra-indicações ( PA média < 80mmHg, uso de
agentes vasopressores ou inotrópicos)
c. Todos os pacientes receberão, salvo contra-indicações, Sinvastatina 80 mg/dia, desde o Poi, assim que ingesta oral disponível.
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Profilaxia de Trombose Venosa / Tromboembolia pulmonar
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Será iniciada no 1º PO, nos casos sem sangramento aumentado no POi e com débito por drenos torácicos e/ou mediastinais < 100ml/6h, além de contagem de plaquetas > 80.000. Será feita com Fondaparinoux 2,5 mg SC 1x/dia, iniciado às 16h. Nas contra-indicações (ex: Cl de creatinina < 30ml/min) usar Heparina sódica 5.000u SC 8/8h.
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Em caso de queda de plaquetas < 80.000, suspender Fondaparinoux ou Heparina sódica
No intuito de reduzir o risco de TVP / TEP será realizada fisioterapia respiratória e motora desde o POi, segundo protocolo específico da fisioterapia.
Fonte: Hospital de Base de Brasília.