Até o fim do ano, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), vai fazer concurso para contratar 261 fisioterapeutas, segundo anunciou o secretário-executivo adjunto de Atenção Especializada da capital, Wagner William de Souza, durante audiência pública (26) sexta-feira, na Assembleia Legislativa do Estado.
Os cargos ainda serão criados pelo governo do estado que enviará mensagem à Assembleia Legislativa para aprovação do texto.
Para o presidente da Associação de Fisioterapeutas do Amazonas (Asfiam), o fisioterapeuta Daniel Xavier, a resposta da Susam atende em parte o pleito dos profissionais porque abrirá novos campos de trabalho para os profissionais formados.
“Apesar de termos esse universo de 5 mil profissionais, sabemos que apenas 1,6 mil estão atuando no mercado, já que a oferta de vagas ainda é escassa. Estamos fazendo essa grande mobilização pra mudar a história da nossa categoria em Manaus e acreditamos que esse é o momento”, disse.
Daniel ressaltou que praticamente todas as unidades de saúde do Estado e município, que possuem Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), descumprem a legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que obriga a permanência de fisioterapeutas pelo período mínimo de 18 horas.
O levantamento da Asfiam aponta a necessidade de contratação imediata de 76 profissionais para atuar nas UTIs da rede pública, incluindo as maternidades que possuem leitos de Unidades de Terapia Intensiva Neonatais.
Ele destacou os prejuízos sofridos pelos pacientes por conta da falta de atendimento fisioterapêutico, já que o trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações do quadro respiratório do paciente da UTI, reduz o sofrimento e permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares.
“A atuação do fisioterapeuta também diminui os riscos de infecção hospitalar e das vias respiratórias, proporcionando uma economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo”, disse.
As Resoluções RDC 7 e nº 26 da Anvisa, estão em vigor desde 2010 e estabelecem os requisitos mínimos para o funcionamento das UTIs instaladas em hospitais públicos, privados ou filantrópicos, civis ou militares.