A Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Base do Distrito Federal foi criada com objetivo de atendimento especializado a pacientes portadores de cardiopatia. Desta forma, contando a experiência prévia no atendimento deste perfil de pacientes, a equipe da unidade se empenhou na padronização de condutas para melhor atendimento aos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. Esperamos que desta forma possamos uniformizar as condutas e contribuir para um melhor atendimento aos nossos pacientes.
-
Medicações a serem mantidas de forma rigorosa, salvo contra-indicações, até o dia da cirurgia:
-
Aspirina
-
Beta-bloqueadores
-
Estatinas
-
-
Check list de exames pré operatórios obrigatórios:
-
-
Ecodopplercardiograma
-
Doppler de carótidas e vertebrais
-
Urina I
-
US de abdome ( para pacientes > 60 anos)
-
US de próstata ( para pacientes > 60 anos)
-
Doppler de artérias renais ( para pacientes com cr > 1,5 )
-
Doppler arterial / venoso de membros inferiores ( a critério da equipe cirúrgica )
-
-
Reserva de sangue no dia anterior a cirurgia
-
-
-
Confirmar reserva de vaga na UTI no dia anterior a cirurgia
-
-
-
Profilaxia de infecções no Pós Operatório:
-
-
Controle rigoroso das glicemias nas 24 h que precedem a cirurgia nos pacientes diabéticos, visando glicemias < 150 mg/dL
-
Uso de mupirocina nasal: Apenas para pacientes admitidos de outra instituição onde permaneceram por mais de 24h e portanto estão sob PRECAUÇÃO DE CONTATO na nossa Instituição. Enquanto aguardam as culturas de vigilância (swab nasal e peri-anal), iniciam a descolonização com mupirocina para “ganhar tempo” usando 3x/d por 5 dias, a fim de reduzir chance de desenvolver ISC1
-
Banho com Clorohexidine 0,5% na noite anterior a cirurgia ( 22h) e 2 horas antes do procedimento, quando será feita a tricotomia com máquina
-
Higiene oral com clorohexidine 0,12% na noite anterior e 2h antes do procedimento
-
Rotina de atendimento de pacientes no pós operatório de cirurgia de
-
Jejum nas primeiras 24h
-
Dieta branda ajustada para comorbidades no 1º PO se extubação realizada há mais de 6h, com estabilidade respiratória e hemodinâmica
-
Pantozol 40mg IV/dia no POi e até que extubado e estável hemodinâmicamente, com boa aceitação da dieta, quando será modificado para Pantozol 40mg VO 1x dia
-
1 PO e 2 PO: Pantozol 40mg VO 1x dia se preenchidas as condições acima
-
Será feita no POi até o 2º PO com Dipirona 1g IV 6/6h em horário fixo
-
Analgesia suplementar será feita com Morfina IV em doses crescentes (3 mg / 5 mg )
-
No 2º PO será modificada dipirona para “ se necessário”
-
Escalas de dor serão utilizadas pela enfermagem para orientar o médico quanto à necessidade de analgesia suplementar e conforto do paciente.
-
Lembrar que aqui a prioridade é o CONFORTO DO PACIENTE
-
Todos os pacientes receberão Metoclopramida 10mg IV “se necessário” como antiemético até de 8/8 horas
-
A droga de escolha será o Haloperidol em doses crescentes ( 5 mg/ 10mg / 20 mg / 40mg ) associado ou não ao uso de morfina para analgesia
-
Evitar o uso freqüente de Midazolam e/ou Fentanil, reservando-se estas drogas para agitações refratárias ( Escala SAS 6-7), sempre após exclusão de causa clínica significativa que leve à agitação
-
No caso de quadro clínico que justifique sedação contínua, esta será feita com Propofol , com diluição padrão da UTI e nas menores doses possíveis, com objetivo Escala de Ramsay 3-4 / Escala de SAS 3- 4. O objetivo aqui, exceto se condição clínica específica ( SARA, ventilação mecânica agressiva) é o paciente CALMO, CONFORTÁVEL, COLABORATIVO. (CCC) Nestes casos será feita interrupção diária de sedação de acordo com protocolo específico
-
Poderá ser feito o uso de dexmedetomidina ( Precedex ®) salvo contra-indicações
-
Nos quadros clínicos com boa evolução, a partir do 1º PO o paciente receberá Clonazepam ( Rivotril ) gotas ( 5 gotas / 0,5 mg) VO à noite, como indutor do sono
-
Objetivo: “ Fast track extubation”
-
Parâmetros iniciais de ventilação mecânica definidos em protocolo com a equipe de fisioterapia
-
Extubação no POi assim que paciente desperto, calmo, confortável e colaborativo (CCC), estável do ponto de vista respiratório e hemodinâmico. Se condições estáveis, NÃO RETARDAR A EXTUBAÇÃO.
-
Manter cabeceira entre 30-45º em todos os pacientes
-
Higiene oral diária com soluções com Clorexidina 0,12%
-
750mg antes da entrada em CEC
-
750mg na saída de CEC
-
750mg a cada 6h a contar da última dose em sala, por 24 horas (6 a 7 doses no total)
-
Intra-operatório: 1 g IV a cada 3 horas de procedimento e após saída de CEC. Obs: para pacientes com IMC≥30, usar dobro da dose.
-
Pós-Operatório: 1 g IV a cada 8 horas. Duração:Manter 24 horas após última dose no centro cirúrgico
-
6 doses, em intervalos de 6 horas a contar da indução anestésica
-
Vancomicina 1g no pré-operatório. Correr em 60 minutos e aguardar mais 60 minutos para realizar a incisão.
-
Intra-operatório: 1g IV após saída de CEC.
-
Pós-operatório: 1 g a cada 12 horas. Duração: 24 horas após última dose no centro cirúrgico. Total: 3 a 4 doses.
-
Clindamidina 600mg IV na indução anestésica
-
Intra-operatório: 600mg IV antes da entrada em CEC, 600mg IV na saída de CEC.
-
Pós-operatório: 600mg IV a cada 6 horas.Manter por 24 horas após dose no centro cirúrgico. Total: 3 a 4 doses.
-
Obs: A ordem de preferência de antimiocrobianos para cirurgia cardíaca em caso de falta do fármaco é: cefazolina, cefuroxima, clindamicina e vancomicina
-
Pacientes já em uso antimicrobiano terapêutico no momento da cirurgia ou até 1 semana antes da mesma.
-
Pacientes internados por mais de 1 semana em unidade de tratamento intensivo, onde esteve sob procedimentos invasivos
-
Reconhecidamente colonizados pelo SARO ou MRSA.
-
Será iniciado ácido acetilsalicílico (AAS), salvo contra-indicações ( sangramento digestivo, sangramento pós operatório aumentado, alergia a AAS) 100mg 12h após a admissão na UTI
-
Todos os pacientes, salvo contra-indicações ( PA média < 80mmHg, uso de agentes vasopressores), devem receber por 24 horas Nitroglicerina endovenosa na dose inicial de 10mcg/min titulada de acordo com os níveis tensionais.
-
No 1º PO, será suspensa nitroglicerina endovenosa e iniciado Monocordil (Mononitrato de Isossorbida) 20mg VO as 8h e 16h
-
Todos os pacientes, salvo contra-indicações( PA média < 80mmHg, uso de agentes vasopressores ou inotrópicos) , devem receber a partir do 1º PO Metoprolol 25 mg 1x/dia, além de Atorvastatina 20mg 1x/dia ou Sinvastatina 20mg 1x/dia em todos os casos de RM.
-
Todos os pacientes que tenham recebido enxertos de artéria mamária ou radial devem receber a partir do 1º PO, diltiazem 30mg 8/8h VO, salvo contra-indicações ( PA média < 80mmHg, uso de agentes vasopressores ou inotrópicos)
-
Todos os pacientes receberão, se estabilidade clínica e níveis tensionais que permitam, losartan 25mg VO 1x/dia a partir do 1º PO
-
No caso de pacientes com HAS dependentes de Nitroprussiato, dar preferência ao uso de captopril, devido a maior facilidade de titulação da doseSeqüência de medicações com efeito hipotensor a serem iniciadas a partir do 1º POPacientes com enxerto de artéria mamáira ou radial
-
Cardizem 30mg 8/8h
-
Selozok 25mg 1x/dia
-
Losartan 25 mg 1x/dia
-
Monocordil 20mg 2x/dia
-
Selozok 25mg 1x/dia
-
Monocordil 20mg 2x/dia
-
Losartan 25 mg 1x/diaSeqüência de medicações com efeito hipotensor a serem iniciadas a partir
-
Será iniciada no 1º PO nos casos sem sangramento aumentado no POi e com débito por drenos torácicos e/ou mediastinais < 50ml/h ou < 0,5 ml / Kg/ h nas últimas 6 horas, além de contagem de plaquetas > 80.000. Será feita com Enoxaparina 40mg SC 1x/dia. Nas contra-indicações (ex: Cl de creatinina < 30ml/min) usar Heparina sódica 5.000u SC 8/8h.
-
No PO será omitida dose de Enoxaparina ou Heparina sódica até 6h após a retirada de drenos e fio marcapasso, sendo administrada após este período.
-
No intuito de reduzir o risco de TVP / TEP será realizada fisioterapia respiratória e motora desde o POi, segundo protocolo específico da fisioterapia
-
Idealmente os pacientes já deverão ser encaminhados ao procedimento cirúrgico em uso de beta-bloqueadores, no intuito de prevenção de taquiarritmias no pós operatório
-
Início de Metoprolol 50 mg, ( SelozoK®) salvo contra-indicações no 1º PO e manutenção ou progressão da dose nos dias subseqüentes, salvo contra-indicações
-
Em pacientes com função ventricular preservada, doses maiores podem ser iniciadas, assim como em pacientes com HAS no pós operatório, no intuito de melhor controle dos níveis pressóricos.
-
A opção pelo início de beta bloqueadores no 1º PO segue dados da literatura revelando a recuperação da função ventricular após 24h da cirurgia cardíaca
-
O objetivo aqui é a reversão a ritmo sinusal em no máximo 24h
-
Se instabilidade clínica, proceder CVE sincronizada com 150J ( bifásico) seguida de manutenção de amiodarona 1200mg + SG 5% 250ml IV em 24h
-
Se estabilidade clínica , será tentada cardioversão química inicialmente com amiodarona 300mg + SG5 % 100ml IV em 20 minutos em bolus seguido de manutenção amiodarona 900mg + SG 5% 250ml IV BIC em 24 horas
-
Após 24h de infusão de amiodarona IV, modificar amiodarona para 200 mg VO 12/12h
-
Atenção para distúrbios hidro-eletrolíticos: manter K > 4,0 meq/ L e Mg > 2,0 meq/dL
-
As drogas de escolha para sedação/ analgesia antes da CVE serão propofol 1-2mg/Kg associado a fentanil 50-100 mcg. Usar as menores doses possíveis em pacientes idosos, hipovolêmicos e com disfunção ventricular
-
Freqüência cardiaca: 60 – 100 bpm
-
Pressão arterial média (MAP): 70 – 90 mmHg
-
Pressão arterial sistólica (SBP): 100 – 140 mmHg
-
Pressão de átrio direito (PVC): 5 – 15 mmHg
-
Pressão de oclusão da artéria pulmonar (PCP): 10 – 15 mmHg
-
Índice cardíaco: (IC): 2.2 – 4.4 L/min/M2
-
Resistência vascular sistêmica (SVR): 1400 – 2800 dyn-s-cm5
-
DO2 I > 600 ml min-1 m-2
-
SvcO2 > 70%
-
Lactato arterial < 2 mmol/L
-
Hidratação basal: 1 ml/Kg/h nas primeiras 24 horas
-
1º PO: 0,5 ml /Kg/h
-
Solução: SF 0,9%
-
Reposição volêmica adicional em bolus: Usar Voluven®
-
Não usar plasma ou sangue para reposição volêmica
-
Após reposição volêmica adequada, a droga de escolha será a Noradrenalina em diluição padrão da UTI (Noradrenalina 4mg 2 ampolas + SG5% 250 ml), titulada a critério clínico. Outras aminas vasoativas poderão ser associadas em casos individuais a critério clínico
-
Caracterizar, do ponto de vista clínico e hemodinâmico e afastar/ corrigir fatores desencadeantes (hipovolemia, isquemia, tamponamento, etc)
-
Definida a síndrome como secundária a disfunção ventricular prévia, associada ou não a “atordoamento” miocárdico pós operatório, as drogas de escolha serão Dobutamina (iniciar com 5 mcg/Kg/min) associada a Nitroprussiato de sódio ( iniciar com 0,3 mcg/Kg/min) se PA que permita. Em casos selecionados, Levosimendam Milrinone, Isoproterenol, ou outras aminas podem ser utilizados, além da possibildade de instalação de balão intra-aórtico
-
A droga de escolha para a HAS no pós operatório será o Nitroprussiato de
-
Tão logo seja possível a utilização da via oral, será iniciado Captopril (meia vida mais curta) em dose titulada a critério clínico, com intuito de retirada posterior do Nitroprussiato
-
Na falência de controle da PA com Captopril dose máxima (50mg 8/8h), iniciar Anlodipina 5 – 10mg, titular dose de Metoprolol ou associar Clonidina, observando-se as contra-indicações de cada uma dessas drogas. O objetivo aqui é o controle da PA com retirada precoce de Nitroprussiato, com intuito de não prolongar a internação na UTI
-
Definição: Choque distributivo no pós operatório tendo como características os seguintes sinais: taquicardia, hipotensão (PAM < 50 mmHg) com necessidade de aumento progressivo de vasopressores, hiperlactatemia, acidose metabólica, oligúria.A monitorização hemodinâmica revela índice cardíaco normal ou elevado (»2,5 L/min/m2) e resistência vascular sistêmica baixa ( < 800 dyn/s/cm-5)
-
Tratamento: Otimização volêmica guiada, suporte com noradrenalina e/ou vasopressina ( Encrise®). Associação de dobutamina se microhemodinâmica não ajustada após reposição volêmica adequada ( SvcO2 baixa, lactato aumentado, acidose metabólica). Em casos sem resposta as medidas iniciais, fazer uso de Azul de metileno 1,5 mg/Kg em infusão de 1 hora.
-
Dopamina (50mg/10ml) 5 ampolas + SG 5% 200ml: 1000mcg/ml > 20ml/h = 5 mcg/kg/min ( 70 Kg)
-
Noradrenalina (4mg/4ml) 2 amp + SG 5% 250ml: 8 mcg/ml > 1ml /h = 0,5 mcg/min
-
Dobutamina (250mg/10ml) 2 amp + SG 5% 170ml: 4000mcg/ml > 5 ml/h = 2,4 mcg/kg/min ( 70kg)
-
Nitroglicerina (50mg/10ml) 1 amp + SG 5% 250ml: 200mcg/ml > 3 ml/h = 10mcg/min
-
Nitroprussiato de sódio( 50mg/2ml) 1 amp + SG 5% 250 ml > 5ml/h = 0,25 mcg/Kg/min
-
Concentrado de hemácias: Transfundir concentrado de hemácias somente se
-
Transfusão de plasma fresco, plaquetas e crioprecipitado serão discutidos no
-
Definição:
Sangramento > 3 ml/ Kg/ h nas primeiras 3 horas
-
Conduta: Coleta de Coagulograma completo ( TP, TTPA, Plaquetas, Fibrinogênio)
-
Distúrbios da Via intrínseca : Alteração do TTPa: Conduta: Protamina 50mg (5ml ) + AD 5ml IV lento ( pode ser repetida 2 vezes). Se não houver melhora com protamina, plasma fresco 10ml/Kg ( 1 unidade ~ 200ml ) ou Beriplex (complexo protrombinico 500-1000ui – consultar tabela própria )
-
Defeitos da Via extrínseca: Alteração de TP: Plasma fresco 10ml/Kg ou Beriplex (complexo protrombínico 500-1000ui – consultar tabela própria)
-
Plaquetas:
-
Hipofibrinogenemia: Administar crioprecipitado (1u/ 10kg)
-
Conceito: Sangramento aumentado, sem causa evidente, sem alterações no perfil de coagulação:
-
Tratamento:
-
Corrigidos os distúrbios de coagulação, é indicada reintervenção em busca de sangramento ativo e/ou coágulos nos seguintes casos:
-
Sangramento por hora ( ml)Número de horas> 2004> 3003> 4002> 5001
-
Uso do monitor Vigileo®/ ou S. Ganz em pacientes de maior risco cirúrgico
-
Otimização hemodinâmica no pré operatório para este perfil de pacientes com o objetivo: Hb: 8 – 10 g/dL / FC: 70 – 100 bpm / PAM: 70 – 100 mmHg / Diurese > 0,5 ml/Kg/h / Svc02 > 70% / PVC 12 – 16 mmHg / POAP 12 – 16 mmHg Lactato arterial < 2 mmol/L/ DO2 I > 600 ml min-1m-2
-
Reposição volêmica dirigida por metas no intuito da otimização hemodinâmica pré operatória.
-
Início de dobutamina doses crescentes ( 3 – 5 – 7 – 10 – 15 – 20 mcg/Kg/min) com objetivo de otimização hemodinâmica se falha com reposição volêmica.Cálculo da variação da pressão de pulso em pacientes em ventilação mecânica no pós operatório para reposição volêmica dirigida por metas.
-
Associar dados para reposição volêmica no pós operatório:
-
Desconsiderar os valores de PVC e PCP isoladamente
-
O objetivo aqui será manter a normoglicêmica, evitando-se os riscos de hipoglicemia ( Glicemias entre 80 – 150 mg/dL).
-
As glicemias capilares serão feitas de 1/1h nas 48 horas de permanência na UTI e protocolo específico de insulinoterapia IV contínua será iniciado se glicemias > 150 mg/dL.
-
Após 48 horas, ajustar glicemias capilares segundo necessidade individual de cada paciente e fazer corrigir glicemias com Insulina Lispro Humalog® subcutânea.
-
À admissão:
-
POi à noite ( 20h):
-
1º PO às 8h:
-
1º PO à noite ( 20h):
-
2º PO às 8h:
-
A alta da UTI ocorrerá no 2o dia pós operatório, nos casos com boa evolução clínica, sempre no período da tarde
-
No 2o dia pós operatório, nestes casos, serão retirados drenos mediastinais e pleurais, sonda vesical de demora e cateter de pressão arterial invasiva
-
Nos pacientes com acesso periférico, será retirado o cateter venoso central. Na impossibilidade de acesso venoso periférico, será mantido o acesso venoso central salinizado para infusão de medicações.
-
A conduta ficará a cargo do médico assistente.
-
Os pacientes devem ter o fio de marcapasso retirados a partir do 4o dia pós operatório, devendo ser realizado controle com ecocardiograma no mesmo dia da retirada.
-
A alta hospitalar ficará a cargo do médico assistente.
-
Confirmar cirurgia em mapa cirúrgico;
-
Confirmar vaga em UTI
-
Confirmar solicitação de hemoderivados
-
Comunicar anestesista para visita pré-anestésica;
-
Orientar jejum de 08 a 10 hs
-
Orientar e / ou auxiliar paciente durante o banho com clorexidine degermante às 22 hs independente do horário da cirurgia;
-
Orientar e / ou auxiliar paciente durante procedimento de higiene oral com periogard às 22 hs independente do horário da cirurgia;
-
Puncionar acesso em MSD com jelco 16 ou 18 salinizado ou conforme prescrição médica (CPM)
-
Administrar ansiolíticos CPM;
-
Confirmar jejum
-
Realizar ECG de 12 derivações;
-
Pesar e medir altura em jejum;
-
Realizar tricotomia conforme protocolo
-
Orientar e / ou auxiliar paciente para banho com clorexidine degermante 02 horas antes do procedimento cirúrgico;
-
Orientar e / ou auxiliar paciente durante procedimento de higiene oral com periogard 02 horas antes do procedimento cirúrgico;
-
Retirar próteses e adornos, protocolar e entregar ao familiar e / ou acompanhante;
-
Oferecer e / ou auxiliar a colocação de camisola para paciente com abertura para o dorso sem o uso de roupas intimas;
-
Administrar ansiolíticos CPM;
-
Organizar prontuário;
-
Preencher check list pré-operatório de cirurgia cardíaca
-
Checar perfusão do acesso periférico;
-
Comunicar o plantão ao enfermeiro do centro cirúrgico (CC);
-
Encaminhar paciente ao CC em maca 15 minutos antes do horário do mapa cirúrgico;
-
Encaminhar prontuário e exames junto ao paciente( laudo do CAT com CD ,ecocardiograma, Rx de tórax, ECG )
-
Conferir materiais necessários para montagem de sala, como: instrumentais, aparelhos, acessórios e materiais de farmácia;
-
Conferir funcionamento dos aparelhos de sala;
-
Realizar diluição de medicação de sala conforme protocolo estabelecido para cada tipo de cirurgia;
-
Receber paciente, prontuário e exames no dia da cirurgia;
-
Auxiliar e montar equipamentos necessários para a realização de procedimentos realizados como: passagem de cateter central, PAM e SVD, assim como degermação do corpo do paciente, entre outros;
-
Auxiliar anestesista na realização da indução anestésica, na diluição e administração de fármacos, principalmente no controle do horário da administração dos antibióticos;
-
Auxiliar instrumentador na montagem da mesa cirúrgica;
-
Auxiliar equipe da perfusão e quando necessário, equipe da autotransfusão;
-
Confirmar / solicitar reserva de sangue quando solicitado pelo cirurgião ou anestesista;
-
Encaminhar / realizar gasometria arterial durante a transcorrer da cirurgia;
-
Estar de prontidão a pedidos de matérias durante o ato cirúrgico;
-
Seguir regras da CCIH preconizadas no HBDF;
-
Comunicar o plantão ao Enfermeiro(a) da UTI: Dados do paciente (Nome, idade e convênio), Doenças pré-existentes, procedimento cirúrgico e anestésico, próteses e / ou enxertos, incisões cirúrgicas e local, tempo de perfusão e anóxia, padrão de ventilação, fio de MP, drenos (mediastino e pleural), cateteres (arterial e venoso) e sondas (gástrica e vesical), soluções em infusão, hemoderivados e auto-transfusão, ATB utilizado e hora da última dose, exames laboratoriais de inicio e fim (Hb, Ht, Na, K, Gl, TCA, PO2, PCo2, Lac), balanço hídrico e possíveis complicações;
-
Estruturar leito com equipamentos, materiais, medicações, formulários e identificações necessárias;
-
Encaminhar cama de operado ao CC com cabos (ECG, PAi e oximetria) e reanimador manual;
-
Solicitar ao médico prescrição e solicitação de exames (Rx, ECG, exames laboratoriais)
-
Receber passagem de plantão e comunicar demais membros da equipe multidisciplinar (médico, fisioterapeuta e técnico de enfermagem)
-
Monitorizar paciente no momento da admissão de imediato na seqüência: Ventilação mecânica, ECG, oximetria, PAi, PVC , temperatura e demais parâmetros;
-
Manter decúbito ≥ à 45º até a extubação e ≥ 30º após a extubação;
-
Instalar e / ou preparar medicações para infusão continua ACM;
-
Manter infusões separadas em cateter central conforme seu principio ativo: volume e checagem de PVC, drogas vasocontritoras em via única (noradrenalina, dobutamina, adrenalina) e drogas vasodilatadoras em via única (nitroglicerina e nitroprussiato). Na ausência de 03 vias infundir vasodilatadores em acesso periférico;
-
Checar fixações de drenos, volume de selo d’agua e ausência de obstruções;
-
Conectar drenos ao sistema de aspiração continua com 10 a 15 cm de coluna d’agua e na ausência iniciar com ordenhas com intervalo de: 15’ à 15’ da 1ª à 4ª hora, 30’ à 30’ da 5ª a 6ª, 01 à 01 hora da 7ª à 12ª hora e a cada 02 horas até a retirada dos drenos;
-
Fixar SVD à pele do paciente conforme orientação, checar volume e aspecto da urina e eliminar possíveis obstruções;
-
Verificar glicemiar capilar com intervalo de 01 à 01 hora, iniciando infusão de insulina continua conforme protocolo de controle glicêmico;
-
Realizar ECG de superfície de 12 derivações;
-
Realizar coleta de sangue arterial e venoso em sistema fechado;
-
Fixar MMSS com uso de ataduras para reduzir o risco de extubação acidental;
-
Iniciar controle de SSVV com intervalo de 01 à 01 hora até a 12ª hora após a admissão tendo como referencia os valores de meta:
-
Temp. Axilar: 36º à 37.2ºC;
-
Pressão arterial Sistólica (PAS): 100 à 140 mmHg
-
Pressão arterial média (PAM): 70 à 90 mmHg
-
Pressão arterial distólica (PAD):60 – 90 mmhg
-
Pressão venosa central (PVC): 5 à 15 mmHg
-
Pressão de Átrio esquerdo (PAE): 10– 15mmHg
-
Pressão de artéria pulmonar (PAP): 10-15mmHg
-
Saturação de O2: ≥ 94%
-
Satução Venosa (SvO2): 60 à 80%
-
Débito Cardíaco (DC): 4 – 7 L/ min
-
Índice Cardíaco (IC): 2.2 a 4.4 L / min / m²
-
Freqüência Cardíaca: 60 à 100 bpm
-
Ritmo Cardíaco: Regular
-
Freqüência Respiratória: 12 – 24 irpm
-
Glicemia capilar: 80 à 150 mg/dl
-
Volume urinário: > 0,5 ml / Kg/ h
-
Sangramento de Drenos:
-
Sangramento < 3 ml/ Kg/ h nas primeiras 3 horas
-
Sangramento < 1,5 ml/Kg/h após a 3ª hora de pós operatóorio
-
Dor: avaliação 0 à 10
-
Bolsa pressurizadora: ≥ 300 mmHg
-
-
Manter fio de MP epicárdico protegido ou conectado ao gerador de MP para evitar o risco de arritmias ao contato com a pele;
-
Instalar manta térmica se temperatura ≤ 35º
-
Coletar amostras de sangue (arterial e venoso) para exames laboratoriais
-
Realizar Rx de tórax em PA;
-
Após admissão do paciente, permitir a entrada dos familiares para orientação das rotinas da UTI e do quadro inicial;
-
Auxiliar equipe de fisioterapia durante a extubação;
-
Estimular e / ou auxiliar processo de alimentação a partir da 6º hora após extubação ou CPM seguindo RH de 1000 ml / 24 hs
-
Trocar selo d’agua as 18h e 06 hs ou quando volume do frasco estiver 2/3 da capacidade total;
-
Desprezar diurese de coletor as 18h e 06 hs ou quando volume do coletor estiver 2/3 da capacidade total;
-
Higiene oral 03 vezes ao dia com clorexidine alcoólica 0,012% (Periogard) até extubação;
-
Manter controle de SSVV com intervalo de 02 à 02 horas até a alta da UTI tendo como referencia os valores de meta;
-
Banho no leito a partir do 1º PO à noite;
-
Higiene oral 03 vezes ao dia com creme dental + enxaguante bucal padronizado;
-
Curativos:
-
Cateteres, drenos e fios: A cada 24 hs ou na presença de sujidade com clorexidine alcoólica + oclusão com gaze e micropore;
-
Feridas operatórias: Manter ocluídas por 72 horas em uso de curativo Opsite® (não saturado), limpeza com SF 0,9% após a retirada e manter ocluida com gaze e micropore até 96 hs ou conforme avaliação (Enfermeiro e médico);
-
-
Garantir a execução dos exames de rotina (ECG, Rx de tórax e exames laboratoriais);
-
Manter controle glicêmico conforme protocolo.
- Garantir a execução dos exames de rotina (ECG, Rx de tórax e exames laboratoriais);
-
Auxiliar equipe de cirurgia na retirada de drenos;
-
Se indicado, pucionar acesso periférico em MMSS;
-
Avaliar junto a equipe médica a possibilidade de retirada de cateteres (arterial, venoso e vesical) e protocolo de insulina IV;
-
Auxiliar equipe de fisioterapia a colocar paciente em poltrona;
-
Preparar alta (comunicar família, internação, farmácia e nutrição, preparar prontuário e devolver materiais / medicações)
-
Comunicar o plantão ao Enfermeiro(a) da Clinica Cardiológica: Dados do paciente (Nome, idade e convênio), Doenças pré-existentes, tempo de internação hospitalar e em UTI, procedimento cirúrgico e anestésico, próteses e / ou enxertos, incisões cirúrgicas (aspecto e local), tempo de perfusão e anóxia, padrão de respiração, fio de MP, sondas e cateteres (periférico ou central), soluções em infusão, hemoderivados e auto-transfusão, exames realizados em UTI, balanço hídrico de alta, hora da última higienização, evacuação + ou – e possíveis complicações (re-op, sangramento, arritmias, etc);
-
Encaminhar paciente em cadeira de rodas ou amaca.
-
Controle de RC, FC e Tº a cada 04 horas e demais sinais em rotina ou conforme avaliação do enfermeiro – médico;
-
Garantir a execução dos exames de rotina (ECG e exames laboratoriais);
-
Banho de aspersão com auxilio de cadeira higiênica;
-
Retirar curativos, limpeza com SF e ocluir com gaze e micropore;
-
Manter controle de volume urinário até a alta ou conforme avaliação do enfermeiro;
-
Pesar diariamente;
-
Controle de RC, FC e Tº a cada 04 horas e demais sinais em rotina (14, 20 e 08 hs) ou conforme avaliação do enfermeiro – médico;
-
Retirar fio de MP epicardico;
-
Garantir a execução do Rx de tórax e / ou ecocardiograma conforme solicitação médica e liberar repouso após descartada hipótese de tamponamento cardíaco pós retirada de fio de MP;
-
Retirar acesso venoso periférico;
-
Controle de SSVV conforme rotina (08, 14 e 20 hs)
-
Orientar o processo de alta ao paciente x família (retorno ao médico assistente em consultório, uso de medicações, cuidados com a ferida operatória, orientações em caso de duvidas e intercorrências clinicas e contatos posteriores do serviço de controle de infecção hospitalar)
-
Alta administrativa;
-
Revisão e controle pós-alta: Retorno no ambulatório de cirurgia cardíaca com 7 a 10 dias , após a alta para a busca das seguintes informações:
-
Aspecto da ferida operatória;
-
Episódio de febre;
-
Aceitação alimentar;
-
-
Obs. Quando se encontra caso de IH, o paciente é questionado quanto à comunicação ao cirurgião responsável e sobre a conduta médica (coleta de cultura, medicamento em uso, retorno agendado, necessidade de curativo diário e processo de execução (quem, como, quando e onde). Dependendo da disponibilidade do paciente solicitamos que o mesmo compareça ao hospital para avaliação da ferida. Caso o médico responsável não tenha ciência do caso, a CCIH entra em contato.
-
Caso este paciente ainda permaneça internado em UTI a partir do 3º PO operatório em clinica a partir do 6º PO notificar a gerência de enfermagem.
-
Fisioterapia
-
Modo: A/C – VCV
-
VC: 6ml/Kg
-
V: 60L/min
-
Fr: 14/14 irpm
-
Peep: 10 cmH2O
-
FiO2: 100%
-
Aguardar gasometria arterial para iniciar desmame da VM
-
Avaliar Rx de Tórax
-
Avaliar hemodinâmica e ritmo cardíaco
-
Avaliar dose de drogas vasoativas
-
Avaliar débito de drenos mediastinal e pleural
-
Avaliação de nível de consciência
-
Alteração do modo ventilatório A/C para PSV ( pressão de suporte)
-
Paciente com potencial de extubação em suporte de 07 cmH2O e Peep 05 cmH2O
-
Pressão Inspiratória ( Pinsp< -20 mmHg)
-
Pressão Expiratória ( Pexp> +20 mmHg)
-
Índice de Tobin FR/VC (Tobin< a 105)
-
Ausência de Secreção Traqueal
-
Indicações;
-
Ortostatismo e sedestação na poltrona- avaliação através da escala de BORG
-
Condições: baixas doses de aminas, baixo débito de drenos, ritmo cardíaco e padrão respiratório estavéis, feridas operatórias sem intercorrências, liberação médica.
-
Ortostatismo e sedestação na poltrona- avaliação através da escala de BORG
-
Condições: baixas doses de aminas, baixo débito de drenos, ritmo cardíaco e padrão respiratório estavéis, feridas operatórias sem intercorrências, liberação médica
-
Caminhada associada – avaliação através da escala de BORG
-
Desmame do oxigênio
-
Programação de alta da UTI