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A decisão é sua

Um dos principais obstáculos a serem enfrentados por qualquer pessoa que ocupe a cadeira da Presidência da República é a da inclusão dos excluídos na participação governamental – reduto das decisões do país.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou e conseguiu romper com grande parte da lógica dominante ao consagrar-se, o primeiro presidente, desde as diretas já, a incluir em seu governo, a participação de quatro ministros negros (Gilberto Gil, Benedita da Silva, Matilde Ribeiro e Orlando Silva), chegando até o Supremo Tribunal Federal, com a indicação, do primeiro ministro negro do supremo Joaquim Barbosa, atual vice presidente da mais alta corte.  

A presidenta Dilma Rousseff, em seu atual governo, restringiu nossa participação, seu recado é claro aos negros e índios, essas etnias tem limites em seu governo. 
Com isso Dilma destrói o espírito de diversificação dos espaços de poder construído por seu antecessor.

Quando no filme “A Grande Ilusão” o ator Sean Penn, interpretando um caipira que resolve  mudar a realidade dos caipiras de seu estado concorrendo ao cargo de governador do Estado da Louisiana-EUA, afirma em um lindo e emocionante  discurso “Só um caipira pode resolver o problema de outro caipira”, vejo um grande fundo de verdade em seu discurso, e, me arrisco ir mais além, em afirmar que só uma mulher negra pode entender e mudar a sorte  de seus iguais, só uma mulher de etnia indígena pode entender e mudar a sorte de seus iguais.  

Para completar só falta Dilma nomear a cantora Cláudia Leite para Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, uma vez que já se intitulou Negalora em uma entrevista.   
Frente a esta reflexão, quero recrutar negros, índios, pobres entre outros, a pensarem o voto em 2014, que será decisivo para diversificarmos o poder com nossa participação.