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Empresa Sanoli recebeu R$ 64 milhões por um ano de contrato de “eventualidade” com GDF. Empresa teria doado R$ 255 mil à campanha de Arruda.
O maior contrato da Secretaria de Saúde do Distrito Federal está nas mãos da Sanoli Indústria e Comércio de Alimentação, responsável pela alimentação dos pacientes internados na rede pública de saúde do Distrito Federal, seus acompanhantes e funcionários de hospitais. Após o fim, no dia 16 de novembro de 2008, de um contrato de cinco anos com o GDF, no valor de R$ 59, 1 milhões, a Sanoli teve seu contrato prorrogado, sem licitação, por um ano, e recebeu mais R$ 64,6 milhões dos cofres públicos para continuar prestando os mesmos serviços.
Ao final dessa contratação, justificada como “eventualidade”, a empresa conseguiu, no final de 2009, o acerto de um contrato emergencial até 15 de maio de 2010. Novamente o acerto com o GDF dispensou licitação e prevê gastos de R$ 35 milhões. Dados obtidos no Sistema Integrado de Gestão Governamental (SIGGO).
A Sanoli é citada nos vídeos de Durval Barbosa em análise pela Polícia Federal. Nas imagens, o lobista Renato Malcotti, apontado pela PF como um dos operadores do esquema de corrupção no DF, revela que os responsáveis pela pasta da Saúde exigiam uma porcentagem “fora da realidade” para garantir fraudes em licitações e diz que estaria operacionalizando o contrato da Sanoli e de outras empresas.
A Sanoli também é citada em uma planilha elaborada pelo ex-presidente do PSDB-DF, Márcio Machado, supostamente o mentor da arrecadação ilícita para a campanha do governador em 2006. O manuscrito indica que a campanha de Arruda abordou pelo menos 41 empresas para conseguir doações e abastecer seu suposto “caixa 2” com R$ 11 milhões. A empresa é citada como doadora de R$ 255 mil.
Fonte: blog Em Defesa da Saúde e site Orçamento Transparente
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